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Mais sacolas, menos prédios: XP tem nova aposta em carteira de fundos imobiliários

06 jan 2020, 13:02 - atualizado em 10 jan 2020, 14:13
Corretora aposta em retomada do consumo para impulsionar shoppings em 2020 (Imagem: Catarina Outlet)

Nova vedete do mercado financeiro como um todo, o investimento em fundos imobiliários cresce constantemente ao longo dos últimos meses, na combinação entre baixa atratividade da renda fixa com a queda da Selic e a decorrente procura por novas alternativas de retornos relativamente seguros com riscos diminutos.

Dentro deste contexto, a XP Investimentos publicou relatório sobre a carteira recomendada de janeiro dos fundos imobiliários.

Em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times, o analista Renan Manda lista suas preferências para o primeiro mês de 2020.

Cenário ideal

Para Manda, a junção entre expectativa de novo corte na Selic para 4,25% ao ano na reunião de fevereiro e os prognósticos positivos para a economia brasileira, com projeção de alta do PIB para 2020 de 2,3% segundo o último relatório Focus, cria o cenário ideal para se investir nos fundos imobiliários.

A taxa menor de juro facilita a captação das empresas e o financiamento pelos consumidores. Por sua vez, a expectativa de crescimento dinamiza a atividade econômica e provoca criação de novos empreendimentos via aumento do investimento.

Menos escritórios, mais shoppings

Na carteira recomendada de janeiro, a XP Investimentos reduziu a participação no segmento de “lajes corporativas”, este composto por empreendimentos comerciais e escritórios de alto padrão.

Recuperação da atividade econômica deve beneficiar centros comerciais (Imagem: Maceió Shopping)

Como consequência, a corretora elevou o peso no segmento “shopping centers”, por avaliar o setor “como um potencial beneficiário da recuperação do consumo nos próximos anos”, além da “grande tendência de consolidação” vigente.

O segmento de “galpões logísticos” completa a tríade com as maiores distribuições. Ao lado dos shoppings e das lajes corporativas, o trio conta com participação unitária de 25%.

Substituições

As substituições realizadas por Manda envolvem uma saída e dois novos entrantes. O fundo imobiliário The One (ONEF11) foi retirado da carteira recomendada pela “forte valorização nos últimos meses”.

“Por esse motivo, apesar da boa qualidade do imóvel e sua localização privilegiada, retiramos o The One da nossa carteira recomendada para janeiro de 2020”, avalia a XP Investimentos.

Para ocupar o lugar do The One, entram os fundos imobiliários CSHG Real Estate (HGRE11) e Malls Brasil Plural (MALL11), de lajes corporativas e shoppings, respectivamente.

Renegociação e aquisições criam potencial

O primeiro entrou devido ao “potencial para se beneficiar do ciclo favorável no segmento nos próximos anos, dado que aproximadamente 70% dos seus contratos serão renegociados nos próximos dois anos”.

Setor Imobiliário Imóveis Prédios
Renegociação de contratos deve impulsionar fundo imobiliário do Credit Suisse (Imagem: Unsplash/@seanpollock)

Já o segundo está atualmente na carteira recomendada da XP Investimentos pelo “potencial para a recuperação na sua rentabilidade nos próximos meses, à medida que a alocação dos recursos levantados seja concluída”.

O fundo imobiliário levantou aproximadamente R$ 480 milhões em sua última emissão e já iniciou os investimentos através da compra dos seguintes empreendimentos: Shopping Taboão, Boulevard Shopping Feira e Shopping Barra.

Confira a carteira recomendada de janeiro:

Código do ativo Nome do fundo Segmento Peso
RBRF11 RBR Alpha Fundo de Fundos Fundo de Fundos 5%
VGIR11 Valora RE III Recebíveis 10%
CPTS11B Capitânia Securities Recebíveis 10%
SDIL11 SDI Logística Logística 12,5%
XPIN11 XP Industrial Logística 12,5%
XPML11 XP Malls Shoppings 10%
VISC11 Vinci Shopping Centers Shoppings 10%
MALL11 Malls Brasil Plural Shoppings 5%
PATC11 Pátria Edifícios Corporativos Escritórios 12,5%
HGRE11 CSHG Real Estate Escritórios 7,5%
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Escritórios 5%

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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