Relações Internacionais

Mais tarifas para o Brasil? EUA ameaçam sobretaxar países que compram energia da Rússia

07 ago 2025, 9:46 - atualizado em 07 ago 2025, 9:46
Rússia e EUA
Brasil é um dos maiores compradores de diesel e fertilizantes da Rússia, agora sob risco de sanções dos EUA. (Imagem: iStock/MicroStockHub)

A tensão entre os Estados Unidos e a Rússia aumentou. O presidente Donald Trump deu prazo até sexta-feira (8) para que russos e ucranianos cheguem a um cessar-fogo — caso contrário, novas sanções secundárias entrarão em vigor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O problema é que os parceiros comerciais da Rússia também estão na mira de Washington. No início da semana, Trump voltou a ameaçar impor tarifas elevadas — possivelmente próximas de 100% — a países que mantêm relações comerciais com Moscou, especialmente na compra de petróleo, combustíveis e fertilizantes.

A ameaça preocupa o governo brasileiro e o setor privado. O Brasil está entre os maiores compradores de diesel e fertilizantes russos — produtos nos quais a Rússia é, atualmente, a principal fornecedora ao mercado brasileiro.

  • LEIA TAMBÉM: Market Makers destrincham o ‘método de investimento de Mugler e Buffett’ em 3 aulas gratuitas; veja

Levantamento da consultoria StoneX mostra que, no primeiro semestre de 2025, 39,1% do diesel importado pelo Brasil veio da Rússia, ante 32,8% dos EUA. Já números da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostram que o diesel russo representa 18% do consumo nacional diário — cerca de 33 milhões de litros, em um total de 185 milhões de litros por dia.

No caso dos fertilizantes, dados do Ministério da Agricultura indicam que 30% dos insumos importados pelo Brasil têm origem russa — de um total de mais de 90% que vêm do exterior.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale lembrar que, na quarta-feira (6), o Brasil recebeu a maior tarifa dos EUA — de 50% — após Trump justificar a decisão com base em “ordens de censura secretas e injustas para plataformas de mídia social dos EUA”, além de citar o que chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Após as novas ameaças, o Kremlin classificou a pressão norte-americana contra outros países como “ilegal” e reafirmou o direito soberano de cada nação em escolher seus parceiros comerciais.

Apesar da escalada retórica, a Casa Branca informou que a reunião entre o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e o presidente russo Vladimir Putin, realizada ontem, foi “produtiva”. Uma nova cúpula entre Trump e Putin foi anunciada oficialmente para os próximos dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar