Greve

Manifestantes colombianos protestam por ajuda econômica e mudança social

26 maio 2021, 18:47 - atualizado em 26 maio 2021, 18:47
Colombia, Greve
É preferível fazer uma greve de um, dois, três meses do que passar a vida toda com tanta corrupção (Imagem: REUTERS/Luisa Gonzalez)

Manifestantes fizeram passeatas nas capitais de províncias na Colômbia nesta quarta-feira para exigir concessões do governo sobre apoio econômico aos pobres e outras questões, após quase um mês de protestos generalizados.

Os atos, que começaram no final de abril, pressionaram o governo e parlamentares a arquivarem as reformas tributária e de saúde e levaram à saída do ministro das Finanças.

As demandas dos manifestantes se expandiram para incluir uma renda básica, oportunidades para jovens e o fim da violência policial, incluindo apelos para acabar com o esquadrão da polícia de choque ESMAD.

O comitê nacional de greve formado por sindicatos, grupos de estudantes e outros exige avanços no que chama de petições de emergência.

As petições abrangentes incluem o fortalecimento dos direitos das mulheres, uma moratória nos pagamentos de hipotecas e serviços públicos por quatro meses e a revogação das medidas de emergência que os líderes dos protestos dizem ter piorado as condições de trabalho durante a pandemia.

O funcionário de banco Eduard Barragan, de 29 anos, observava um pequeno grupo de manifestantes no centro de Bogotá.

Embora não tenha participado do protesto de quarta-feira, ele disse que apoia os atos e compareceu a três.

“Os protestos nos afetam, mas é preferível fazer uma greve de um, dois, três meses do que passar a vida toda com tanta corrupção, sem ajuda do Estado”, declarou.

A estatal Ecopetrol disse que não espera que os bloqueios ligados a protestos, que têm causado escassez em todo o país, afetem seu plano de investimentos para o ano, mas não pode prever por quanto tempo vão durar os protestos.

As manifestações foram marcadas por violência nas últimas quatro semanas.

O governo afirma que 17 mortes de civis estão diretamente relacionadas às passeatas, enquanto grupos de direitos humanos alegam ter dezenas de outras.

Dois policiais também morreram.

reuters@moneytimes.com.br