Internacional

Manufatura da zona do euro volta à contração em setembro, mostra PMI; Reino Unido também caí

01 out 2025, 6:47 - atualizado em 01 out 2025, 6:47
economia da alemanha e trump
Alemanha, França e Itália derrubam médias de produção da zona do euro (Unsplash/Kevin Woblick)

A atividade manufatureira da zona do euro voltou à contração em setembro, com os novos pedidos caindo no ritmo mais rápido em seis meses, um sinal de que a recuperação do setor industrial da região continua frágil, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira (1). No Reino Unido, o nível da atividade está ainda mais baixo.

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O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da Indústria da Zona do Euro do HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 49,8 em setembro, após marcar 50,7 em agosto, que havia sido a primeira leitura acima da linha de 50,0 pontos, que separa crescimento de contração, desde meados de 2022.

“Pelo sétimo mês consecutivo, a produção na zona do euro aumentou em relação ao mês anterior, mas o progresso tem sido lento”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

No entanto, os pedidos recebidos caíram em setembro, após um breve aumento em agosto, com os mercados de exportação atuando como um freio. A queda nos novos pedidos foi leve, mas marcou o recuo mais acentuado desde março.

A produção industrial continuou a crescer, prolongando a sequência de expansão iniciada em março, mas o ritmo desacelerou consideravelmente em relação ao desempenho forte de agosto. O índice caiu de 52,5 para 50,9.

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As condições de emprego pioraram ainda mais, com os fabricantes cortando vagas no ritmo mais rápido em três meses. As empresas também avançaram mais na redução de seus estoques de trabalho pendente, com os pedidos em aberto caindo no ritmo mais acentuado desde junho.

A pesquisa revelou uma divisão entre os países da zona do euro: os Países Baixos lideraram a expansão, atingindo o maior nível em 38 meses, enquanto Grécia, Irlanda e Espanha também continuaram em crescimento. Por outro lado, as três maiores economias do bloco (Alemanha, França e Itália) registraram contrações.

Os custos de insumos caíram pela primeira vez desde junho, embora de forma marginal, enquanto os fabricantes reduziram os preços de venda pelo quinto mês consecutivo.

A confiança empresarial permaneceu positiva, mas enfraqueceu para o nível mais baixo desde abril, ficando também abaixo da média da última década.

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Reino Unido com cenário ainda pior

A atividade manufatureira britânica encolheu no ritmo mais rápido em cinco meses em setembro, refletindo uma demanda doméstica fraca e uma queda nos pedidos de exportação. O PMI anunciado nesta quarta-feira caiu de 47,0 em agosto para 46,2 em setembro. O componente de produção do índice caiu para 45,7, uma mínima de seis meses, frente a 49,3 em agosto.

“Os fabricantes relataram que a produção foi reduzida em resposta à queda na entrada de novos pedidos, com a demanda dos mercados doméstico e externo permanecendo fraca”, informou a S&P Global.

Em contraste, dados oficiais divulgados na terça-feira mostraram que a produção manufatureira cresceu 0,2% nos três meses até junho, apenas um pouco abaixo do crescimento da economia em geral, e estava 0,4% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.
A manufatura representa cerca de 9% da economia britânica.

A S&P afirmou que os dados do PMI mostraram que os pedidos do setor manufatureiro caíram pelo 12º mês consecutivo, e numa das maiores quedas dos últimos dois anos, refletindo baixa confiança, incertezas contínuas sobre tarifas dos EUA e altos custos de energia e mão de obra.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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