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Marfrig (MRFG3): Ação dispara 55% em novembro; o que fazer com o papel, segundo analistas

01 dez 2023, 7:15 - atualizado em 30 nov 2023, 18:14
Apesar da forte alta das ações da Marfrig, analistas diferem sobre visão para o frigorífico; vale comprar ou vender? (Montagem: Money Times)

As ações da Marfrig (MRFG3) saltaram 55,25% durante o mês de novembro, apesar dos resultados reportados no 3T23.

No dia 13, a empresa reportou queda de 2,1% na receita líquida no terceiro trimestre de 2023 (3T23), passando de R$ 36,417 bilhões para R$ 35,650 bilhões.

Assim, o frigorífico registrou um prejuízo de R$ 112 milhões, contra lucro de R$ 431 do mesmo período do ano passado.

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Com isso, reunimos visões da XP Investimentos e Terra Investimentos sobre a ação.

Visão da XP para Marfrig

Para a XP, o movimento positivo foi impulsionado principalmente por fatores técnicos, além de responder também à alta de BRF, dado que a Marfrig detém hoje 45% do capital da companhia.

“Acreditamos que a performance também está relacionada com expectativas da Minerva (BEEF3) de que a aprovação do negócio entre as duas empresas possa vir no 1T24, o que traz um alívio na alavancagem da Marfrig”, diz Pedro Fonseca, analista da corretora.

Ainda assim, a XP continua com uma visão neutra para Marfrig e preço-alvo de R$ 8,70, com uma visão negativa para o momentum de ciclo do gado bovino nos Estados Unidos, uma vez que a reconstrução do rebanho no país e a virada de ciclo podem demorar mais do que o esperado, o que pressiona ainda mais a alavancagem da Marfrig.

“Dessa maneira, também existe a incerteza quanto as definições finais das vendas de parte das suas plantas para a Minerva”, completa.

Análise de Terra sobre MRFG3

De acordo com a Terra Investimentos, são alguns os fatores que explicam o movimento de alta:

  1. A expectativa do mercado com a recuperação gradual dos resultados da empresa;
  2. Acordo com a Minerva e o impacto significativo sobre a alavancagem da empresa;
  3. Contexto mais favorável para os ativos de risco.

Segundo Luis Novaes, os últimos resultados das operações dos frigoríficos nos EUA foram severamente impactos pela menor disponibilidade de gado, enquanto as exportações para a China foram prejudicadas pelos prêmios baixos em razão da alta disponibilidade de carne suína no país asiático.

Entretanto, o último resultado trouxe alguma sinalização de que o pior pode ter ficado para trás e que as margens podem se recuperar a partir do próximo ano, tornando a precificação recente do ativo atrativa para o mercado.

“Outro ponto relevante que tinha de ser precificado pelo mercado era o acordo da venda de plantas para a Minerva, representando um expressivo alívio na alavancagem da empresa sem grandes prejuízos para a estratégia principal da empresa, sinalizando também a possibilidade de maior investimento na BRF, que também passa por uma expectativa de recuperação de margens”, analisa.

Além disso, a perspectiva de que o FED não deverá aumentar mais os juros e que o ciclo de baixa poderá se iniciar no primeiro semestre do próximo ano, afastou do mercado o sentimento de aversão ao risco predominante nos últimos meses, dessa forma, as bolsas emergentes se beneficiaram com um grande ingresso de capital estrangeiro, especialmente em ativos descontados e com boas perspectivas de resultados, como é o caso da Marfrig.



Por fim, a Terra recomenda compra para ação, com preço-alvo de R$ 11,00, com potencial de alta de 12,02%

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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