Marfrig (MRFG3) anuncia retomada de assembleia para votar fusão com a BRF (BRFS3)

A Marfrig (MRFG3) informou ao mercado, nesta segunda-feira (23), a retomada da Assembleia Geral Extraordinária que votará a fusão com a BRF (BRFS3), inicialmente prevista para 18 de junho. Na última semana, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu a AGE.
De acordo com o comunicado, a assembleia ocorrerá no dia 14 de julho, às 11 horas (horário de Brasília).
A data e horário anunciados consideram a divulgação pela BRF de que a sua Assembleia Geral Extraordinária, para deliberar sobre a incorporação pela Marfrig, será realizada também em 14 de julho, às 09 horas (horário de Brasília).
Ou seja, ambas as AGEs ocorrerão no dia 14 de julho de 2025, pela manhã.
Na última semana, a CVM acatou um pedido de adiamento no prazo de 21 dias, solicitando informações adicionais utilizadas pelos comitês independentes das companhias.
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Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a representação pelo adiamento foi feita pela Latache Capital, acionista minoritária da BRF.
A empresa alegou “insuficiência da documentação apresentada”, “ilegalidades na formulação da ordem do dia”, “ausência de independência dos membros de comitês alegadamente independentes”, “participação dos controladores (Marcos Molina e sua mulher, Marcia) nas deliberações do conselho de administração” da BRF e Marfrig, entre outras questões.
A assembleia da Marfrig ocorrerá de forma presencial, na sede em São Paulo. No caso dos acionistas que enviaram o boletim de voto a distância até o dia 14 de junho, e não desejam alterar o voto, está dispensada a necessidade de envio de um novo boletim.
Já no caso da BRF, a assembleia ocorrerá de modo exclusivamente digital, por meio do Zoom, uma vez que este formato permite maior participação dos acionistas.
Fusão Marfrig e BRF
No dia 15 de maio, a Marfrig e a BRF anunciaram a intenção de realizar uma fusão que envolve troca de ações. O nome da nova companhia será MBRF.
A incorporação prevê que os acionistas da BRF, exceto a Marfrig, receberão 0,8521 ações da Marfrig para cada ação da BRF, tornando a BRF uma subsidiária integral da Marfrig.
O direito de retirada será garantido aos acionistas que não concordarem com a operação, com valores fixos de reembolso de R$ 3,32 por ação para a Marfrig e R$ 9,43 por ação para a BRF.
No caso da BRF, os acionistas dissidentes ainda poderão optar por receber o valor patrimonial por ação de emissão da companhia, determinado em R$ 19,89 com base em laudo de avaliação.
De acordo com Marcos Molina, fundador e presidente do conselho de administração da Marfrig, a MBRF já nasce como a 7ª maior empresa do Brasil com receita de R$ 153 bilhões.
*Com Gustavo R. Silva