Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) avaliam medidas para CVM reconsiderar adiamento de assembleia

A Marfrig (MRFG3) e a BRF (BRFS3) informaram ao mercado que estão avaliando o teor da decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autarquia adiou a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que decidirá sobre a fusão das companhias.
De acordo com fato relevante enviado ao mercado, a CVM negou a interrupção da votação, por não identificar elementos que justifiquem a anulação. Entretanto, acatou um pedido de adiamento, no prazo de 21 dias, solicitando informações adicionais utilizadas pelos comitês independentes das companhias.
As empresas informam que estão considerando acionar eventuais medidas cabíveis, incluindo reconsideração, e que o mercado será informado em caso de novas mudanças.
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Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a representação pelo adiamento foi feita pela Latache Capital, acionista minoritária da BRF.
A empresa alega “insuficiência da documentação apresentada”, “ilegalidades na formulação da ordem do dia”, “ausência de independência dos membros de comitês alegadamente independentes”, “participação dos controladores (Marcos Molina e sua mulher, Marcia) nas deliberações do conselho de administração” da BRF e Marfrig, entre outras questões.
O Goldman Sachs comentou o adiamento da votação e destacou que a BRF divulgou no último domingo (15) o resultado parcial de uma votação online entre os sócios. Até o momento, considerando 51% dos acionistas, a maioria aprova a operação (69%).
O banco reiterou a recomendação de compra para a Marfrig, com preço-alvo de R$ 27,60, que representa um potencial de valorização de 10,4% em relação ao último fechamento na segunda-feira (16).
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