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Marfrig (MRFG3): Santander revisa estimativas e espera margens positivas no 4T24, mas não recomenda compra; entenda

19 dez 2024, 16:16 - atualizado em 19 dez 2024, 18:26
marfrig mrfg3
(IImagem: Divulgação)

O Santander revisou suas estimativas para Marfrig (MRFG3) e não espera mais margens negativas no quarto trimestre de 2024 (4T24).

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Com isso, a partir da desvalorização real, a estimativa do Ebitda em 2024 saiu de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,4 bilhões. Apesar disso, o banco mantém sua recomendação neutra para ação, com preço-alvo de R$ 19, dado o aumento do custo de capital diante de uma potencial inversão do ciclo do gado no Brasil.

De acordo com os analistas, a exposição à carne nobre é um fator de diferenciação da National Beef — unidade de carne da Marfrig nos EUA.

“Continuamos acreditando que o modelo de negócios diferenciado da National Beef permite à empresa entregar margens acima da média nos EUA, devido à: crescente exposição à carne bovina de primeira qualidade, que historicamente tem um preço premium de dois dígitos em relação aos cortes selecionados; e à consolidação industrial”, apontam Guilherme Palhares e Laura Hirata.

Durante o 4T24, os prêmios de classificação aumentaram, o que deve ajudar a empresa a manter margens próximas de 2%.

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“A nossa preferência no espaço de proteínas é por nomes de dólar longo e sem alavancagem, priorizando frango do que carne bovina. Acreditamos que a JBS (preço-alvo de R$ 49 para R$ 53) e a BRF (preço-alvo de R$ 32 para R$ 34) estão caminhando para um ciclo positivo de frango de vários anos com oferta limitada e preços fortes devido aos altos preços da carne bovina no Brasil e nos EUA”, aponta Palhares.

Segundo o banco, a Marfrig também anunciou que seu recurso contra decisão que bloqueou a venda de ativos no Uruguai para a Minerva foi rejeitado.

“No entanto, acreditamos que a Minerva poderia prosseguir com ações judiciais e/ou avaliar os termos da nova decisão do Ministério da Economia e Finanças do Uruguai”.

Nesta quinta-feira (19), MRFG3 subiu 0,49%, a R$ 16,37.



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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.