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Marfrig (MRFG3) tem resultados fracos já esperados no 2T23; vale investir agora?

15 ago 2023, 12:06 - atualizado em 15 ago 2023, 12:06
Marfrig
Analistas alertam sobre nível alto de endividamento da Marfrig (MRFG3), podendo afetar dividendos. (Imagem: Facebook/Divulgação/Marfrig)

A Marfrig (MRFG3) entregou resultados fracos amplamente já esperados pelo mercado no segundo trimestre do ano (2T23). Conforme analistas, é hora de ter cautela com as ações do frigorífico.

A principal preocupação da Genial Investimentos é com o nível de endividamento da Marfrig. No 2T23, a alavancagem subiu para 4,1 vezes dívida líquida sobre Ebitda, já excluindo efeitos da BRF (BRFS3).

“Esse patamar de alavancagem consideramos ser alto”, afirmam os analistas da corretora. Por isso, eles reiteram recomendação de manter as ações da Marfrig, com preço-alvo de R$ 10 nos próximos 12 meses.



Dessa forma, o potencial de valorização do frigorífico gira em torno de 30%, considerando a cotação atual em torno de R$ 7,60.

A Marfrig reportou prejuízo líquido de R$ 784 milhões no segundo trimestre (2T23), revertendo o lucro de R$ 4,25 bilhões um ano antes.

Contudo, segundo o diretor financeiro da Marfrig, Tang David, a empresa teve margem melhor do que suas concorrentes. Dessa maneira, a margem Ebitda da Marfrig foi de 5,2% na operação da América do Norte e de 10% na América do Sul.

Dividendos

O Santander também destaca que os números fracos da Marfrig já eram esperados no 2T23, por conta da virada no ciclo de gado nos Estados Unidos. No caso, o banco tem recomendação neutra e estima preço-alvo de R$ 10,50.

Afinal, os custos de produção lá fora estão maiores e representam quase 80% das receitas da Marfrig, somando com a participação da empresa na BRF.

“O aumento do endividamento da empresa, de 3,6 vezes no primeiro trimestre para 4,1 vezes no segundo trimestre, pode limitar o potencial de pagamento de dividendos da Marfrig”, afirma o relatório do Santander.

Procurada pelo Money Times, a empresa não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para seu posicionamento.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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