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Marfrig uruguaia confirma embrulhação da China por revisão dos preços

14 jan 2020, 13:58 - atualizado em 14 jan 2020, 14:07

 

China Carnes
País vizinho também sente pressão dos importadores chineses (Imagem: REUTERS/Fang Nanlin)

A situação que os frigoríficos de bovinos brasileiros estão passando com a China, que pressiona por revisão de preços dos contratos e até segurando os embarques, se repete com as indústrias do Uruguai igualmente. E não deve ser diferente na Argentina.

Enquanto as indústrias daqui não falam abertamente do tema, a filial do Marfrig (MRFG3) no país vizinho foi ouvida pelo jornal El Observador e confirmou a embrulhação que os importadores estão aprontando.

A sensação de desânimo está visível entre os agentes, de acordo com a observação do jornal de Montevidéu.

Segundo o CEO para o Cone Sul do grupo brasileiro, Marcelo Secco, há três cenários perturbadores que os exportadores estão vivenciando: “os embarques que estão viajando ou chegando, os contratos que estão amarrados à produção futura e as novas vendas potenciais.

No texto do diário uruguaio, Secco adiantou que o último é o mais complicado, pela dificuldade de gerar novas negociações e certamente pelos preços menores que deverão ser formalizados pelos compradores.

Segundo o INAC, órgão do país que reúne os exportadores, foram embarcadas 332 mil toneladas à China em 2019, alta de quase 24,5%. E receitas de US$ 1,2 bilhão.

O diretor do Marfrig não confirmou, na entrevista, nenhum cancelamento de contrato, mas, sim, renegociações caso a caso.

Na média dos frigoríficos uruguaios, os pedidos de descontos dos chineses vão de 5% a 30%, ante preços praticados pelas empresas uruguaias de US$ 5 a US$ 6,5 mil a tonelada.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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