Internacional

Marink Martins: O rival de Trump chama-se “voter turnout”

05 mar 2020, 11:02 - atualizado em 05 mar 2020, 13:04
Donald Trump
“Dados da “Super Tuesday” desta semana revelam que os eleitores democratas decidiram virar a mesa” (Imagem: Unsplash/@historyhd)

A expressão “voter turnout” no contexto aqui apresentado refere-se ao índice participação dos eleitores americanos na eleição presidencial.

Em 2016, ano em que Donald Trump foi eleito, o “turn out” foi relativamente baixo e fez com que os engajados apoiadores de Trump surpreendessem em estados como o da Flórida e do Michigan.

Contudo, dados da “Super Tuesday” desta semana revelam que os eleitores democratas decidiram virar a mesa. Em estados como o da Virgínia, a participação dos democratas que apareceram para indicar seu voto subiu 70%!

Na Carolina do Norte, o aumento foi de 17% enquanto no Texas foi de 45%. Além disso, vale destacar que cresceu de forma significativa a participação daqueles que dizem ser moderados.

Tudo isso é extremamente importante para o que está por vir nos próximos meses. Observe que nas próximas semanas ocorrem primárias do partido democrata em conhecidos “swing states”: Michigan (10/3), Florida e Ohio (17/3). Se a participação do eleitorado na Flórida for elevada, é pouco provável que Trump repita o êxito obtido no estado em 2016.

Não há dúvidas de que o mercado deseja uma continuidade do governo Trump. Afinal, ele cortou impostos e tomou medidas que contribuíram para uma valorização no principal índice de ações americano, o S&P 500.

Em 30 anos acompanhando a economia americana, nunca vi um governo tão dependente do comportamento da bolsa como o atual governo americano. Trata-se de um governo que respira a base do que é conhecido como Efeito Riqueza (“Wealth Effect”). Quanto maior estiver o índice S&P 500, maiores são as chances de que o incumbente seja reeleito. Será que esta premissa é válida?

Em 1992, James Carville, então estrategista da campanha de Bill Clinton contra o incumbente, George H. W. Bush, ficou famoso ao cunhar a expressão “It´s the economy, stupid” (“Trata-se da economia, idiota”) para motivar todos os militantes democratas.

Hoje, ouso especular que, caso Trump venha a perder as eleições em novembro deste ano, tal evento poderá ser representado por uma variação da expressão de Carville. Quem sabe:

“It´s not about the stock market, stupid!”

Acho que vou registrar esta expressão! rsrs

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Formado em Finanças pela University of North Florida, em Jacksonville, Marink Martins é um dos maiores especialistas do Brasil em operações não direcionais, com especial foco em Opções e em volatilidade. Em seus mais de 20 anos no mercado financeiro, experimentou as euforias da Bolsa de Valores e sobreviveu às suas piores crises, tendo contato com as principias estratégias de investimento em Wall Street.
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Formado em Finanças pela University of North Florida, em Jacksonville, Marink Martins é um dos maiores especialistas do Brasil em operações não direcionais, com especial foco em Opções e em volatilidade. Em seus mais de 20 anos no mercado financeiro, experimentou as euforias da Bolsa de Valores e sobreviveu às suas piores crises, tendo contato com as principias estratégias de investimento em Wall Street.
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