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Marink Martins: Você sabe por que o ouro vem se valorizando?

23 fev 2019, 12:00 - atualizado em 23 fev 2019, 12:00

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Por Marink Martins, do MyVOL e autor da newsletter Global Pass

Historicamente, uma das principais métricas utilizadas por estrategistas globais para aferir a liquidez global é observar o nível de reserva dos diversos bancos centrais globais depositado no FED (banco central americano).

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Observe que, no passado, os principais parceiros comerciais norte-americanos eram a Alemanha, o Japão, a Coreia do Sul, e muitos outros países em que os americanos mantém uma presença militar forte. Assim, os dólares acumulados por tais países eram reciclados nos EUA, trazendo o custo de capital das empresas americanas para um nível relativamente baixo.

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Nos últimos anos, entretanto, a história mudou. Hoje, mais da metade do déficit comercial norte-americano é com a China. O dólar vem, a cada ano, perdendo espaço no comércio global.

A Rússia que, historicamente, mantinha 60% de suas reservas em títulos americanos, já não tem mais nada.

O ano de 2018 ficou marcado como o ano em que os BCs mais compraram ouro desde 1971.

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Dito tudo isso, estrategistas exploram três teses:

1 – Há escassez de dólar no mundo e é só uma questão de tempo para que este se valorize mais. Neste caso, isso seria bem negativo para os mercados emergentes e para o ouro.

2 – Já não se precisa mais do dólar como no passado. Há o surgimento de novas zonas monetárias. O chinês, ao invés de comprar títulos do tesouro americano, prefere investir seu superavit comercial em projetos de infraestrutura ligados ao seu plano Belt & Road.

3 – Aqui, uma tese mais especulativa. Uma onde um enfraquecimento do dólar e fortalecimento do iuane iria de encontro aos interesses de Trump e de Xi Jimping. O primeiro, de olho em sua reeleição em 2020. O segundo, de olho em transformar a sua moeda em uma reserva global, principalmente para os seus parceiros asiáticos.

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Naturalmente, existem outras alternativas além destas. De qualquer forma, por mais especulativa que seja esta última alternativa, é importante pensar nas consequências que podem advir de tal evento.

Dentre elas, uma venda maciça de “treasuries”, inclinando não só a curva de juros norte-americana, mas de diversos outros parceiros. Uma outra consequência seria uma valorização de ativos ligados a consumo na Ásia.

Tudo isso, sem falar que as filas para entrar na Disney e do Louvre ficarão insuportáveis.

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