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Marketplace do Inter (BIDI11): Nossa intenção não é ter crescimento “basicão” em 2022, diz CEO

13 jan 2022, 16:27 - atualizado em 14 jan 2022, 9:37
Inter BIDI11
O marketplace do Inter atingiu volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) de R$ 3,5 bilhões em 2021, o que representa um salto de 201% em relação a 2020 (Imagem: Divulgação/Inter)

Os objetivos do Inter (BIDI3;BIDI4;BIDI11) não mudaram. Mesmo em um ano que promete ser difícil, a companhia tem a meta ambiciosa de fazer seu marketplace crescer em ritmo acelerado.

Rodrigo Gouveia, CEO do Inter Shop, disse ao Money Times que a intenção da empresa não é ter um crescimento “basicão” ao longo do ano. Como nos anos anteriores, a companhia projeta aumento agressivo de receitas.

De acordo com a prévia operacional divulgada nesta semana, o marketplace do Inter atingiu volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) de R$ 3,5 bilhões em 2021, o que representa um salto de 201% em relação a 2020, ano em que o e-commerce brasileiro mais se beneficiou das restrições impostas por conta da pandemia do coronavírus.

A companhia realizou mais de 6,9 milhões de vendas só no quarto trimestre, levando a um crescimento anual de 135% no número de transações do ano, para 22,4 milhões.

Gouveia disse que 2021, embora tenha puxado a tendência positiva do ano de lançamento da plataforma, serviu para consolidar as operações do marketplace, atraindo clientes com promoções, serviços de cashback e melhor custo-benefício diante de um cenário econômico mais apertado.

“A reconsideração da economia no bolso teve um fator fundamental. Isso trouxe muito o nosso lado financeiro, de alavancar essas oportunidades”, afirmou.

Pioneirismo

A ideia de um banco abrir uma unidade de negócio voltada ao comércio eletrônico parecia absurda um ano e meio atrás, mais ou menos a época em que surgiu o Inter Shop.

Se, naquele momento, as instituições financeiras não davam o braço a torcer para esse tipo de modelo, a tendência agora é ver cada vez mais nomes do setor financeiro abrindo espaço para as plataformas digitais de vendas.

Rodrigo Gouveia, CEO do Inter Shop
Novas fronteiras: expansão internacional do Inter começa de modo muito “leve”, segundo Gouveia (Imagem: Divulgação/Inter)

Gouveia afirma que o Inter conseguiu provar o sucesso do modelo, tanto que, neste ano, conta com oito concorrentes diretos fazendo shopping.

Um deles é o Nubank (NU). No fim do ano passado, o rival do Inter estreou seu marketplace já com nomes gigantes entre as marcas parceiras (Magazine Luiza [MGLU3] e AliExpress, por exemplo). No início de 2022, o banco anunciou a chegada de dez novos lojistas virtuais na plataforma, marcando sua entrada nas categorias de games, viagens e pets.

“Fomos pioneiros nesse modelo. Como todo pioneiro, a concorrência nasce, e nosso desafio é estar sempre na frente, inovando e construindo mais coisas e deixando o cliente escolher”, comentou o CEO do Inter Shop.

Internacionalização

O executivo destacou dois principais motivos que sustentam a sua confiança com as operações do Inter Shop em 2022: (i) a internacionalização das operações do Inter (a migração para o mercado de ações nos Estados Unidos continua sendo uma possibilidade, apesar do adiamento); e (ii) a abertura da proposta de valor da companhia não só para correntistas.

Segundo Gouveia, o processo de expansão internacional do Inter, iniciado com o lançamento de um marketplace nos EUA. olhando exclusivamente para os negócios, acontece de maneira “muito leve”, principalmente pelo lado do e-commerce, um setor menos regulamentado.

Outro ponto que facilita a internacionalização da companhia é a aquisição da Usend nos EUA, pois a companhia passa a ter licença bancária para operar produtos financeiros em território americano.

“Isso vai fortalecer muito mais o shopping, porque você traz a parte financeira casando com o Inter Shop, que é o grande sucesso que temos aqui”, explicou Gouveia.

 

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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