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MBRF: O que esperar da gigante que nasce com a fusão de Marfrig e BRF, segundo o Safra

11 set 2025, 14:31 - atualizado em 11 set 2025, 14:31
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(Imagem: Pixabay/ Montagem: Money Times)

Ampla sinergia, ganhos bilionários e potencial de valorização de até 27% — por enquanto. Segundo o Safra, é isso que o investidor pode esperar da MBRF, a empresa que surge após a conclusão da fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3).

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O banco manteve a recomendação de compra para as ações de ambas, destacando que a combinação das empresas cria um player global com portfólio diversificado: 28% da receita vem da carne bovina, 34% de aves e suínos in natura e 38% de produtos processados.

Em termos geográficos, os Estados Unidos respondem por 43% das vendas, o Brasil por 24%, a Ásia e o Oriente Médio por 20% e outros mercados por 13%.

O Safra ressalta que a estratégia da companhia está cada vez mais voltada para produtos de maior valor agregado, após a decisão de vender plantas de menor escala e priorizar operações com foco em processamento.

Essa mudança tende a gerar margens mais estáveis e contribuir para criação de valor no longo prazo.

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Enquanto a BRF deve seguir favorecida pelo ciclo positivo de aves e suínos — apoiado por custos de grãos controlados e demanda global aquecida —, a divisão de carne bovina nos EUA (National Beef) enfrenta margens apertadas.

O banco projeta, no entanto, uma forte recuperação a partir de 2027, quando o ciclo pecuário americano deve caminhar para alguma normalização.

Os analistas ainda destacam o potencial de sinergias da fusão: R$ 805 milhões ao ano em ganhos operacionais, dos quais metade já no primeiro ano, resultando em um valor presente líquido (NPV) estimado em R$ 7,7 bilhões.

A alavancagem consolidada, projetada em 3,3 vezes a dívida líquida/Ebitda ao fim de 2025, é considerada administrável pelo Safra, dado o perfil de geração de caixa da companhia.

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Por ora, o banco definiu o preço-alvo de R$ 30,50 para Marfrig — um potencial de alta de cerca de 23% em relação à última cotação — e de R$ 25,70 para BRF, com uma valorização de até 27%.

As ações da nova companhia serão negociadas sob o ticker MBRF3 e começam a valor a partir do dia 23 de setembro, após a conversão dos papéis.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.