Educação Financeira

Medo de ficar de fora? Como o FOMO afeta sua carteira de investimentos

09 out 2021, 9:00 - atualizado em 07 out 2021, 15:35
Andressa Siqueira Magnetis
Nem sempre a grama do vizinho é tão verde assim. Vale mais ter uma estratégia bem definida e com objetivo claro de onde o investidor deseja chegar, explica Andressa Siqueira, especialista em investimentos da Magnetis durante entrevista ao Money Times (Imagem: Divulgação/Magnetis)

Medo de ficar de fora? Quem nunca. Caso já tenha se deparado com o termo FOMOFear of Missing Out — é justamente o sentimento que pode abater muita gente nas mais variadas esferas da vida: carreira, trabalho, pessoal e claro: também pode ocorrer no mercado de investimentos.

O investidor precisa ficar atento para que o FOMO não prejudique a rentabilidade de sua carteira de investimentos — sobretudo em momentos de elevada volatilidade e incerteza econômica, como o cenário atual no Brasil.

“Normalmente em um cenário otimista, como o ocorrido no início do ano, costuma-se tomar posições mais arriscadas. E é aí que se pode esconder o problema, caso o investimento não seja tomado de forma consciente e controlada”, explica Andressa Siqueira, da Magnetis, em entrevista ao Money Times.

Para deixar o “medo de ficar de fora”, o efeito manada e até mesmo a inércia somente no retrovisor, o Money Times teve uma conversa exclusiva com Andressa Siqueira, especialista em investimentos da Magnetis, primeira gestora digital de investimentos do Brasil que usa a tecnologia para montar carteiras inteligentes de acordo com cada perfil.

No final do do dia, o que todo mundo quer é ter mais dinheiro, mas com o Ibovespa (IBOV) operando no negativo no acumulado do ano  (rondando os 110 mil pontos), as implicações decorrentes do FOMO podem corroer ainda mais o bolso do investidor.

“Existem dois comportamentos que o investidor — sobretudo os novatos — podem acabar caindo: o efeito manada, que basicamente é seguir a maioria sem saber o que está fazendo [o que pode levar o investidor a comprar ativos na alta e vende-los na baixa, tomando prejuízos]; e a inércia, quando pelo excesso de informação o investidor não consegue tomar nenhuma atitude e pode deixar escapar alguma oportunidade”, explica.

Importante ter em mente, segundo Andressa, é que nem sempre a grama do vizinho é tão verde assim. Vale mais ter uma estratégia bem definida e com objetivo claro de onde o investidor deseja chegar.

“Durante a euforia nos mercados, seja ela positiva ou negativa, é melhor tomar um passo atrás. É preciso separar o que que é uma oportunidade, o que que é só um momento de mercado, pois muitas vezes são confundidas”, considera a especialista, ao citar também a insegurança como um fator que influencia o comportamento do investidor.

Luz no fim do túnel

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A dica de ouro é ter um processo mais qualitativo: entender o ativo, seus fundamentos e risco x retorno envolvido (Imagem: Pixabay/ Taylor Smith)

Uma solução apontada pela especialista de investimentos da Magnetis para driblar os efeitos adversos do FOMO, “o medo de ficar de fora”, é o investidor desenvolver a visão de longo prazo.

“Um dos riscos do curto prazo ao investidor é o giro constante da carteira em busca da rentabilidade, chegando em alguns casos, ao ponto da ilusão, em que o investidor pensa que teve uma boa performance, mas que na realidade, foi preciso pagar várias taxas e Imposto de Renda sobre tais operações”, adverte.

Existem gatilhos para blindar a carteira, como delegar os investimentos à gestão de um especialista, serviço oferecido pela Magnetis e demais gestoras presentes no mercado brasileiro.

No caso particular da Magnetis, a gestora faz uso de algoritmo que realiza a análise de mais de 20 mil ativos do mercado financeiro.

Na outra ponta, a especialista também fornece o passo-a-passo para quem deseja estar no controle dos próprios investimentos:

“A pessoa que é investidora deve construir uma estratégia sólida, isenta e imparcial no processo de alocação, em que fatores psicológicos não afetem sua tomada decisão final. A dica é ter um processo mais qualitativo [entender o ativo, seus fundamentos, risco x retorno]. Adotando tais cuidados o investidor já estará 90% mais seguro que a média do mercado financeiro”, conclui.

Disclaimer

O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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