Melhor aproveitar Vale (VALE3) investindo na Bradespar (BRAP4)? Veja o que diz JPMorgan
A Vale (VALE3) ainda é a ação top pick do JPMorgan dentro do setor de mineração e siderurgia.
Em relatório enviado a clientes na semana passada, no qual atualizava as estimativas para os preços do minério de ferro a US$ 101 e US$ 93 a tonelada em 2023 e 2024, respectivamente, o banco reiterou a Vale como seu nome de preferência, considerando o valuation atrativo (4,6 vezes EV/Ebitda para 2023) e a geração de caixa robusta.
Justificando a recomendação de “overweight” e o preço-alvo de R$ 109 à Vale, o JPMorgan acredita que a forte geração de caixa da companhia deve levar a pagamentos igualmente fortes de dividendos.
A ação da Bradespar (BRAP4), que investe na mineradora, não fica para trás. A recomendação do JPMorgan para os papéis da empresa de investimento também é de overweight, com preço-alvo de R$ 37,50.
Para a instituição, não existe preferência por Vale ou Bradespar – ambas parecem atrativas.
“Acreditamos que a estrutura acionária proposta de Vale/Valepar elimina o risco potencial de a Bradespar poder provar uma potencial fonte de liquidez para Previ e outros fundos da Litel”, afirma.
A recomendação para a Bradespar reflete a visão positiva do JPMorgan sobre a Vale. Além disso, analistas acreditam que o desconto atual para o valor patrimonial líquido de 10-15% parece justo.
Minério de ferro
O JPMorgan recentemente aumentou suas estimativas para o minério de ferro. O banco passa a projetar a matéria-prima siderúrgica a US$ 101 e US$ 93 a tonelada em 2023 e 2024, respectivamente (contra expectativa de US$ 94 e US$ 90 a tonelada anteriormente).
O JPMorgan ressalta que o cenário do lado da oferta parece ter melhorado para o minério de ferro.
O JPMorgan reforça a expectativa de o sentimento em relação à reabertura chinesa ser o principal direcionador para os preços do minério de ferro nos próximos meses.
“Esperamos uma oferta sazonalmente menor, reabastecendo antes do Ano Novo Chinês, e notícias de uma potencial reabertura na China mantendo o sentimento positivo (embora os fundamentos para 2023 não tenham mudado materialmente)”, avaliam Rodolfo Angele e Lucas Yang, que assinam o relatório.