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Melhor exportar açúcar ao preço atual antes que a realidade da Índia e safra do Brasil batam em Nova York

01 fev 2023, 14:55 - atualizado em 01 fev 2023, 15:12
Cana-de-açúcar
Mesmo que cana indiana seja menor na safra, exportações de açúcar não devem sofrer paralisia (Imagem: REUTERS/Rajendra Jadhav)

Ao menos três coisas precisam ser consideradas em relação às notícias recorrentes sobre a potencial redução da oferta externa de açúcar da Índia.

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A proibição do governo em limitar os embarques acaba não sendo cumprida, como ocorreu o ano passado.

As altas da commodity em Nova York, por esse ângulo, serão devolvidas quando o mercado ver que as usinas do país ganharam direitos de extrapolarem a cota.

O movimento ainda vai acabar coincidindo com a chegada da nova safra brasileira.

Logo, por essa análise de Maurício Muruci, da Safras & Mercado, é melhor as indústrias de açúcar efetivarem fixações de exportações na janela atual de Chicago, acima dos 21 centavos de dólar por libra-peso, antes que as cotações cedam para além dos momentos de realização de lucros, como o que está em tela nesta quarta (1).

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O que está ocorrendo é que as indústrias de alimentos indianas dispararam esse alerta de que poderia faltar açúcar no mercado interno.

E o conjunto das usinas, abraçado na Isma, pegou carona na história. Afinal, preços mais altos internacionalmente sempre são a busca do exportador, acrescenta Muruci.

E deu certo.

O mercado comprou as 34,3 milhões de toneladas de açúcar, contra a previsão de início de safra de 36 milhões/t, e se estabeleceu que não haveria autorização para exportações acima de 6 milhões/t.

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“Na safra passada a Índia exportou 11,2 milhões de toneladas”, recorda Muruci, sobre o período no qual o teto foi sendo rompido desde as 8 milhões/t.

Um quinto ponto vale destacar.

Ainda que de fato haja uma quebra na produção de cana, por excesso de chuvas, que comprometesse a oferta de açúcar para os níveis vistos pela associação das usinas indianas, elas não deixarão de vender mais externamente.

E o governo não vai barrar esse comércio que está faturando com as fortes altas dos últimos tempos do açúcar.

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Afinal, as 6 milhões de toneladas já foram vendidas, adiciona o analista da Safras & Mercado.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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