Méliuz (CASH3) avalia listagem ‘alternativa’ nos EUA; ação sobe quase 200% no ano

A Méliuz (CASH3) estuda a listagem das suas ações nos Estados Unidos, mas não na Nasdaq ou na Bolsa de Nova York (NYSE).
Segundo o documento enviado ao mercado, a companhia avalia entrar na OTC Markets, que atualmente opera um mercado acionário regulado para a negociação de mais de 12 mil valores mobiliários dos Estados Unidos e do exterior.
Diferentes das bolsas de Wall Street, em vez de serem negociadas em uma bolsa centralizada, as ações OTC são negociadas diretamente entre as partes — geralmente por meio de corretores ou plataformas eletrônicas.
Muitas ações OTC são de empresas menores, startups ou estrangeiras que não atendem aos requisitos de listagem das grandes bolsas.
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Atualmente, os ativos são distribuídos em três segmentos de mercado, com base na qualidade e transparência das empresas: OTCQX Best Market, OTCQB Venture Market e Pink Open Market.
A brasileira mira a OTCQX Markets – o mais alto nível de governança e compliance entre os segmentos.
“A companhia acredita que sua listagem no segmento OTCQX Markets irá fortalecer a proximidade com investidores internacionais, ampliando a visibilidade de suas ações e potenciais operações financeiras na região”.
Outras brasileiras que já fizeram o movimento são WEG (WEGE3), Iochpe-Maxion (MYPK3) e Minerva (BEEF3).
Méliuz: Na crista da cripto
A Méliuz animou o mercado após acionistas da empresa aprovaram em Assembleia Geral Extraordinária a possibilidade de realização de investimentos em Bitcoin como parte de sua estratégia de negócios.
Com isso, o Méliuz comprou cerca de 275 bitcoins por aproximadamente US$ 28,4 milhões, a um preço médio de US$ 103,6 mil por bitcoin. Somando à compra feita em março, a companhia agora possui 320 bitcoins, adquiridos a um preço médio de US$ 101,7 mil por bitcoin.
E a empresa perece não querer parar. A companhia avalia alternativas de captação de recursos como parte de sua estratégia voltada para investimentos em Bitcoin.
A empresa considera duas possibilidades principais: a emissão de títulos de dívida, conversíveis ou não em ações, e/ou a realização de uma oferta pública primária de ações ordinárias. Esta oferta poderá incluir bônus de subscrição como vantagem adicional, acrescentou.
A ação sobe quase 200% no ano e vale R$ 694 milhões na bolsa.