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Méliuz (CASH3): Prévia agrada, mas não garante bons resultados do 4º tri; ações caem mais de 4%

28 jan 2022, 18:32 - atualizado em 28 jan 2022, 18:32
Méliuz
Balanço da empresa de cashback virá pressionado pelas margens brutas, estima Ágora (Imagem: Divulgação/Méliuz)

A prévia operacional do Méliuz (CASH3) agradou analistas do mercado, mas não garante que os resultados do quarto trimestre do ano passado serão bons.

Nesta sexta-feira (28), a companhia operou em queda na bolsa, com as ações caindo 4,07%, a R$ 2,83 cada. O Ibovespa também fechou no negativo, tendo computado perdas de 0,62%, a 111.910,10 pontos.

A leitura da Ágora Investimentos sobre os números preliminares da companhia é positiva. No entanto, a corretora acredita que o balanço da empresa de cashback virá pressionado pelas margens brutas, considerando os eventos promocionais do período.

Os analistas da Ágora dizem que o balanço da companhia ainda mostrará um forte aumento de despesas operacionais em função do aumento do quadro de funcionários e dos investimentos realizados na plataforma.

A XP Investimentos também entende que, pelos dados mostrados na prévia, o Méliuz entregou uma boa performance, apesar da desaceleração na base de usuários ativos.

O Méliuz atingiu recorde de R$ 2 bilhões em volume de vendas (GMV, na sigla em inglês) consolidado (considerando Picodi e Promobit) no quarto trimestre do ano passado.

Considerando somente as operações do Méliuz, o GMV totalizou R$ 1,7 bilhão, representando um crescimento de 52% em relação ao terceiro trimestre e um salto de 77% comparado ao mesmo período de 2020.

A companhia encerrou o quarto trimestre somando 22,4 milhões de contas, crescimento de 1,6 milhão em relação ao trimestre anterior e de 8,4 milhões no comparativo anual.

O ritmo médio de aberturas, no entanto, desacelerou. Foram abertas 27 mil contas por dia útil no quarto trimestre, ante 30 mil no terceiro trimestre.

Nos últimos 12 meses, encerrados em 31 de dezembro de 2021, o Méliuz atingiu um total de 9,4 milhões de usuários ativos. Segundo a Genial Investimentos, pode parecer um dado forte em crescimento, mas, comparado com outros períodos do ano passado, o número é menor, diz.

“Nos últimos três anos, o Méliuz mantém uma taxa de crescimento médio de 130% na quantidade de usuários”, destaca a corretora.

Mesmo com o encerramento do contrato do cartão co-branded, o Méliuz teve 7,2 milhões de solicitações para o cartão nos últimos três meses do ano passado, crescimento de 3% trimestre a trimestre e de 135% ano a ano.

A XP reitera a compra da ação do Méliuz, com preço-alvo de R$ 8, apesar de acreditar que o ceticismo do mercado com a segurança da informação da Acesso continuará pesando na ação.

A Genial tem o papel do Méliuz sob revisão.

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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