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Méliuz (CASH3) salta quase 30% após tornar-se a primeira ‘Bitcoin Treasury Company’ da América Latina

16 maio 2025, 14:15 - atualizado em 16 maio 2025, 17:43
As ações da companhia saltam quase 30% após a companhia anunciar novos investimentos em bitcoin e mudar o objeto social da empresa (Imagem: Divulgação/Meliuz)

As ações do Méliuz (CASH3) , que são negociadas fora do Ibovespa, brilham entre as maiores altas do mercado acionário brasileiro na B3 nesta sexta-feira (16). 

CASH3 encerrou a sessão com alta de 28,14%, a R$ 10,70. 



No ano, a ação acumula alta de mais de 289%.

Ontem (15), a companhia de cashback anunciou a mudança do objeto social da companhia para contemplar a possibilidade de realizar investimentos em bitcoin (BTC) como parte estratégica do negócio, além das atividades já exercidas pela empresa. A mudança foi aprovada pelos acionistas em assembleia geral extraordinária (AGE). 

O Méliuz também informou a aquisição de 274,52 unidades de bitcoin, no preço médio de US$ 103.604,07 cada, movimentando aproximadamente US$ 28,4 milhões — ou cerca de R$ 161,6 milhões no câmbio atual.  A primeira compra foi realizada em março deste ano. 

Com a operação, a empresa se tornou a primeira “Bitcoin Treasury Company” do Brasil e da América Latina. 

Agora, a Méliuz detém 320,25 bitcoin, adquiridos a um preço médio de US$ 101.703,80 por bitcoin. 

“Mais do que apenas alocar parte do caixa em Bitcoin como proteção contra a inflação ou desvalorização cambial, a companhia reposiciona seu propósito para atuar maximizando a quantidade de bitcoin por ação”, disse a Méliuz em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Uma Bitcoin Treasury Company visa o acúmulo de Bitcoin de forma acretiva aos acionistas, utilizando da sua geração de caixa e estruturas corporativas e de mercado de capitais para ampliar a exposição ao ativo ao longo do tempo.

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Resultados do 1T25

Combinado com o anúncio de mudança do objeto da companhia, o Méliuz divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25). 

A empresa reportou um lucro líquido consolidado de R$ 10 milhões entre janeiro e março, uma queda de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior. No critério ajustado, o lucro foi de R$ 12 milhões, um recuo de 37% na comparação anual. 

O Ebitda ajustado totalizou R$ 17,8 milhões no período, uma alta de 208% na base anual. A margem Ebitda ajustada consolidada LTM ficou em 17,3%, com um crescimento de 383% na comparação com o primeiro trimestre de 2024. 

A receita líquida consolidada foi de R$ 100,4 milhões, uma alta de 22% sobre o mesmo período do ano anterior. 

Na avaliação da Genial Investimentos, o Ebitda foi uma “surpresa positiva” e reforçou a recuperação operacional da companhia, enquanto a entrada no bitcoin marca um posicionamento ousado e pioneiro na região. 

Os analistas ainda consideraram que a iniciativa de se tornar uma Bitcoin Treasury Company pode atrair visibilidade e abrir novas avenidas de valor, apesar da volatilidade associada aos criptoativos. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.