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‘Menos agressiva do que deveria’, MRV (MRVE3) quase viu um turnaround em 2023, diz Rafael Menin

18 dez 2023, 11:00 - atualizado em 18 dez 2023, 17:24
Rafael Menin MRV construtora incorporadora construção civil
CEO da MRV fala dos desafios enfrentados entre 2020 e 2022 e como a empresa recalculou a rota para os próximos anos (Foto: Nitro Imagens/Divulgação MRV)

Uma das maiores construtoras e incorporadoras do país, a MRV&Co (MRVE3) atravessou um período desafiador no momento pós-pandemia de covid-19, que esbarrou com a disparada de custos da construção civil.

O resultado assustou analistas e investidores. Alavancagem alta, margens mais baixas e menos lucro. Para o CEO da MRV&Co, Rafael Menin, nesse período, a companhia foi “menos agressiva do que deveria ter sido” em relação ao repasse de preços.

“O custo [das obras] aumentou em um ritmo muito mais rápido do que a inflação, que chegou a 40% entre 2020 e 2022. Isso fez com que a companhia tivesse uma rentabilidade bem menor do que a sua média histórica”, explica o executivo que recebeu o Money Times na sede da MRV em Belo Horizonte (MG).

Segundo Menin, a casa não caiu de todo porque a empresa “teve muito sucesso” em volume de vendas entre 2020 e 2021, os anos mais agudos da pandemia.

MRV passou por ‘um quase turnaround’ em 2023

No entanto, diante da crise decorrente da pandemia, elevação de preço dos insumos da construção civil em meio aos conflitos entre Rússia e Ucrânia e, consequentemente, uma inflação galopante, a MRV passou por um quase “turnaround” – a grosso modo, uma reestruturação -, em 2023.

“É uma palavra forte. Mas a gente teve um ano com um bom volume de vendas, não só este ano. A gente vem, desde meados de 2022, trazendo precificação para um patamar no qual vamos retomar a rentabilidade histórica da companhia”, diz o herdeiro de Rubens Menin, fundador da MRV, em tom otimista.

Dividendos, melhora nas vendas, aumento de preços; as perspectivas da MRV para 2024

Contudo, o CEO da construtora e incorporadora diz que indicador da companhia “margem bruta de novas vendas” vem mostrando recuperação e, logo, deve alcançar os patamares pré-covid-19.

“No terceiro trimestre, chegamos a rentabilidade pré-pandemia. Provavelmente, no quarto trimestre, teremos rentabilidade acima dos níveis pré-pandemia”, diz, acrescentando que a MRV tem exibido recuperação operacional.

“Em um breve futuro, terá uma recuperação muito importante no DRE [Demonstração do Resultado do Exercício] e também no fluxo de caixa da companhia”, destaca.

4T23 é mais animador

Falta pouco para acabar o quarto trimestre e o ano, mas o executivo adianta que os números até novembro são animadores e dentro do esperado.

Ele adianta que a construtora e incorporadora lançará menos empreendimentos este ano na comparação com 2022 após vender menos do que o lançado e ficar com o estoque um pouco elevado.

“O quarto trimestre deve seguir na toada do segundo e do terceiro trimestre, quando tivemos um bom volume de vendas”, diz Menin.

A MRV divulgará os resultados operacionais de outubro a dezembro e o consolidado de 2023 em janeiro.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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