Comprar ou vender?

Mercado compra ações da Engie (EGIE3) após resultados do 1T24; hora de fazer o mesmo?

08 maio 2024, 15:47 - atualizado em 08 maio 2024, 15:47
Engie
Para o Safra, a elétrica reportou um Ebitda de R$ 3.165 bilhões (alta de 53,4%), muito acima das estimativas e do consenso (Imagem: Divulgação)

A Engie (EGIE3) sobe bem após resultados do primeiro trimestre de 2024 acima das expectativas. Por volta das 15h40, a ação subia 3,45%, a R$ 43,17, e figurava entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV), que andava de lado, com alta de 0,10%.

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A elétrica reportou lucro líquido de R$ 1,6 bilhão, disparada de 90,9%. Com isso, a empresa bateu o consenso da Bloomberg, que aguardada lucro de R$ 1,1 bilhão.

Para o Safra, a elétrica reportou um Ebitda de R$ 3.165 bilhões (alta de 53,4%), muito acima das estimativas e do consenso, impulsionado pela venda de uma participação de 17,5% na TAG. Por outro lado, o lucro líquido ajustado ficou abaixo.

Já a Genial classificou os números como neutros, considerando o cenário de recuperação dos preços de energia, a venda da Termelétrica Pampa-Sul e a alienação de parte de sua participação da TAG.

“Devido a esses fatores, a companhia apresentou uma redução na venda de energia, passando de 4.343 MW médios para 3.969 MW médios, que aliado aos menores preços médios de venda de energia, resultaram em um decréscimo em suas linhas de receita e lucro”, recorda.

Ainda sim, considerando a aquisição dos conjuntos fotovoltaicos Juazeiro, São Pedro, Sol do Futuro, Sertão Solar e Lar do Sol finalizada em março, os analistas dizem que a companhia conseguiu apresentar números não tão distantes do seu histórico.

Hora de comprar Engie?

Segundo o Safra, os resultados operacionais recorrentes foram em linha, positivamente afetados pela venda de uma participação na TAG, anunciada no exercício de 2023 e concluída em janeiro deste ano.

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“Os resultados operacionais estiveram globalmente em linha com as expectativas devido a um bom controlo de custos na unidade de geração, que foi parcialmente compensado por resultados inferiores aos esperados do ramo de transmissão”, afirma.

Apesar disso, os analistas dizem haver opções melhores no setor. “Mantemos uma recomendação neutra para a Engie por motivos de avaliação, uma vez que vemos a empresa a negociar a uma TIR (taxa interna de retorno) real implícita de 8,0%, inferior à de outros operadores do mesmo segmento”, coloca.

Já a Genial recorda seus pesados investimentos, com cronogramas adiantados em relação ao previsto pelo regulador e com capex também abaixo do esperado.

Ao todo, foram realizados investimentos de R$ 3,5 bilhões nesse trimestre, sendo R$ 2,4 bilhões referentes a aquisição dos conjuntos fotovoltaicos e o restante referente a construção de seus outros projetos.

“Uma vez que esses projetos apresentem contratos de venda de energia a preços interessantes e por vezes maiores que o atual preço médio de venda da companhia, esses investimentos tendem a agregar valor para a empresa, ainda que no curto prazo pressionem a distribuição dos dividendos”, discorre.

Por outro lado, aos níveis atuais, com uma taxa interna de retorno de 8,2% (pouco prêmio vs custo de oportunidade), EV/Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional) de 7,1 vezes e rendimento de dividendos de 6,5%, as ações já estejam precificadas pelo que a companhia tem a apresentar.

“Acreditando que existam outras ações do setor de geração que possuem maior potencial de valorização e, por isso, reiteramos nossa recomendação de manter para os papéis da Engie”, completa.

O preço-alvo da Genial é de R$ 43, potencial de alta de 3%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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