Mercados

Mercado da China cai após dados de atividade de abril e minério de ferro sobe em Dalian

16 maio 2023, 9:07 - atualizado em 16 maio 2023, 9:07
Mercado da China apresenta queda.

As ações da China caíram nesta terça-feira depois que dados de atividade de abril ficaram abaixo das expectativas e apontaram para uma tendência de lentidão na recuperação econômica, enquanto as ações de Hong Kong ficaram estáveis.

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O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,52%, enquanto o índice de Xangai teve baixa de 0,6%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, registrou variação positiva de 0,04%.

O crescimento da produção industrial e das vendas no varejo da China ficou abaixo das expectativas em abril, sugerindo que a economia perdeu força no início do segundo trimestre e intensificando a pressão sobre as autoridades para sustentar a recuperação pós-Covid.

Analistas do Goldman Sachs disseram que, apesar dos efeitos de base mais favoráveis em relação a março, os dados de atividade de abril ficaram “ampla e significativamente” abaixo das expectativas do mercado.

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“Os últimos dados da China acrescentam mais algumas peças ao quadro em mosaico de uma recuperação lenta ocorrendo na China”, disseram analistas do Citi.

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  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,73%, a 29.842 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,04%, a 19.978 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,60%, a 3.290 pontos.
  •  O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,52%, a 3.978 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,04%, a 2.480 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,28%, a 15.673 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,02%, a 3.214 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,45%, a 7.234 pontos.

Minério de Ferro

Os contratos futuros de minério de ferro subiram na bolsa de Dalian nesta terça-feira, primeiro atingindo uma máxima de mais de três semanas, apoiados pela promessa do banco central chinês de fornecer liquidez ao mercado monetário, e depois devolvendo parte dos ganhos após dados econômicos aquém do esperado.

O contrato futuro de minério de ferro para setembro mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com alta de 1,12%, a 723,5 iuanes (104,67 dólares) a tonelada, depois de atingir mais cedo uma máxima de mais de três semanas de 733,5 iuanes a tonelada.

O banco central da China disse na segunda-feira que manterá a liquidez razoavelmente ampla e as taxas de juros razoáveis e apropriadas para sustentar a demanda doméstica.

A declaração do Banco Popular da China reforçou o sentimento do mercado e sustentou os preços no início do pregão, disseram analistas.

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No entanto, uma enxurrada de dados econômicos atenuou o sentimento, mostrando uma piora na retração do setor imobiliário. Outros indicadores, incluindo produção industrial e vendas no varejo, ficaram abaixo das expectativas.

O investimento no setor imobiliário, principal demandante de aço na China, caiu 16,2% em abril na comparação anual, após um recuo de 7,2% em março, mostraram cálculos da Reuters baseados em dados oficiais.

O investimento de janeiro a abril caiu 6,2% no ano, ante queda de 5,8% nos primeiros três meses.

O contrato de referência do minério de ferro de junho na Bolsa de Cingapura caiu 0,79%, para 104,2 dólares a tonelada, depois de alcançar, na véspera, uma máxima de uma semana a 105,03 dólares a tonelada.

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“Algumas usinas planejaram reiniciar as operações em meio a margens melhores, e isso pressionará os preços do aço para baixo, uma vez que o mercado está se aproximando de uma temporada de baixa demanda”, disseram analistas da Haitong Futures em nota.

A China produziu 354,39 milhões de toneladas de aço bruto de janeiro a abril, o maior volume para o período desde 2021 e um aumento de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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