Mercado de escritórios flexíveis ganha espaço no Brasil, mostra estudo da Woba

A adoção dos chamados escritórios flexíveis, isto é, espaços de trabalho adaptáveis, cresceu 86% em um ano no Brasil, e pelo menos metade das companhias já aderiram ao modelo. É o que mostra um estudo realizado pela Woba, rede de escritórios por assinatura.
De acordo com a pesquisa, que ouviu gestores de grandes organizações, como Bayer, IBM e Bosch, 52% das empresas já possuem políticas formais para o uso desse formato, ante 28% observado em 2024.
Entre as companhias que ainda não adotaram o modelo, 54% apontam a cultura organizacional como principal barreira — à frente de fatores financeiros ou logísticos.
“Estamos observando uma mudança de mentalidade corporativa. De um lado, temos empresas que ainda enxergam o escritório como um custo fixo a ser administrado. Do outro, aquelas que o transformam em um ativo estratégico”, afirma Roberta Vasconcellos, cofundadora e CEO da Woba.
O ROI oculto
O estudo apontou que a gestão de espaços tem um retorno sobre o investimento (ROI) direto e substancial: 52% das organizações que investiram em automação de processos de facilities conseguiram reduções de custos operacionais de até 30%.
O ganho fica ainda mais evidente quando se analisa a taxa de ocupação dos escritórios: mais da metade das empresas brasileiras (54%) ainda opera abaixo do nível considerado ideal, de 70% de ocupação.
Segundo Vasconcellos, o espaço ocioso deixou de ser apenas um problema operacional para se tornar uma questão estratégica para negócios em busca de crescimento.
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A pesquisa também apontou uma tendência de comportamento no uso dos escritórios: 75% usam serviços combinados em espaços flexíveis, sendo eventos e treinamentos o uso isolado mais demandado (41,7%).
“Isso reforça que o espaço corporativo tem deixado de ser local de trabalho individual para se tornar um centro de experiências estratégicas”, reforça a CEO.