Mercado de galpões logísticos começa 2025 mais fraco, mas BTG vê cenário positivo; entenda

Depois de um 2024 forte, o mercado de galpões logísticos de alto padrão em São Paulo começou 2025 em ritmo mais lento.
Segundo relatório do BTG Pactual, o setor teve uma absorção líquida negativa de 112 mil m² no primeiro trimestre (1T25) — ou seja, houve mais devoluções de imóveis do que novas ocupações.
As regiões próximas à capital paulista sentiram mais. No raio de até 15 km, por exemplo, a taxa de vacância subiu para 17,6%, contra 6,3% no 4T24, puxada por devoluções relevantes em alguns espaços.
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Já no raio de até 30 km, conhecido como “Last Mile”, empresas como Sequoia (SEQL3) e Adidas devolveram imóveis, contribuindo para o aumento da taxa de desocupação, que chegou a 11,1%.
Apesar desse início mais fraco, o banco vê o cenário como positivo. Áreas mais afastadas, entre 30 km e 90 km de São Paulo, seguem com boa procura, especialmente por empresas de logística e indústria.
Nessas regiões, a vacância ficou abaixo de 7% nos primeiros três meses do ano, conforme a imagem:

Preços dos aluguéis em alta
Os analistas do BTG destacam outro ponto importante: os preços dos aluguéis continuam subindo. Na média, o valor pedido subiu 4,8% no trimestre, com destaque para Extrema (MG), onde o valor aumentou 9% e a ocupação foi forte.
Em São Paulo, o banco destaca que, nos arredores do aeroporto de Guarulhos, na Região Metropolitana, os contratos novos já passam dos R$ 33 por metro quadrado, refletindo a valorização dos imóveis bem localizados.
Cenário para os próximos trimestres
Para os próximos meses, o BTG acredita que a demanda deve continuar aquecida, principalmente nas regiões próximas à capital paulista.
Estão previstas entregas de 400 mil m² em novos galpões ao longo de 2025, mas boa parte só será finalizada se já tiver contrato assinado — o que ajuda a evitar excesso de oferta no mercado.
“Mesmo com algumas devoluções (no 1T25), vemos um cenário positivo para o setor. As regiões perto de São Paulo continuam sendo as mais promissoras”, afirma o banco.