Mercado adota compasso de espera com nova rodada de tarifas de Trump
O mercado brasileiro perdeu o fôlego nas últimas sessões, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 50% para produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Além do Brasil, outros países estão na mira dos EUA.
No Giro do Mercado desta segunda-feira (14), a jornalista Paula Comassetto recebeu Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, para comentar os desdobramentos das novas ameaças tarifárias de Trump.
- LEIA TAMBÉM: De ações brasileiras a fundos imobiliários, conheça os ativos favoritos de mais de 20 bancos e corretoras em uma curadoria gratuita do Money Times
Os novos alvos do presidente americano na segunda rodada de “tarifaço” são o México e a União Europeia (UE), que podem receber tarifas de 30%. Segundo Pacheco, a incerteza impacta o crescimento global, já que o empresariado tende aguardar para realizar movimentos.
“Estamos sempre falando do TACO trade (Trump Always Chickens Out). Ele sempre recua. Os investidores ainda estão assumindo que isso é muito mais uma tática de negociação do que algo que vai ser implementado”, afirma Pacheco.
O analista destaca que apesar de recuar, o Ibovespa (IBOV) não entrou em um movimento de queda brusca, com essa expectativa de que Trump ainda volte atrás. Por volta das 14h50, o principal índice da bolsa brasileira recuava 0,7%.
Pacheco ressaltou que a situação amplia o desconforto do Federal Reserve (Fed), que deve precisar de mais tempo para analisar os impactos das tarifas na inflação americana.
O especialista ainda comentou sobre possíveis choques nos preços de commodities como o petróleo, dada a escalada das tensões entre EUA e Rússia. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
- VEJA TAMBÉM: Quais são as principais recomendações do BTG Pactual? O Money Times fez uma curadoria gratuita dos relatórios do banco; veja aqui
