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Mercado exagerou sobre risco de tributação para Vale, apontam analistas

03 jul 2019, 19:01 - atualizado em 03 jul 2019, 19:16
Atualmente, o royalty é de 3,5% sobre a receita líquida do faturamento bruto (Imagem: Luciano Kim/Vale)

O mercado pode ter exagerado em sua reação ao anúncio de que a tributação para o setor de mineração no Brasil irá aumentar, avaliam analistas consultados pelo Money Times. O relatório da CPI de Brumadinho sugeriu a criação de um novo tributo para a fiscalização de barragens e um imposto especial de participação de até 40% para grandes mineradoras.

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Atualmente, o royalty é de 3,5% sobre a receita líquida do faturamento bruto.

“Na nossa visão, o aumento da tributação é possível após tragédia de Brumadinho, o que traz volatilidade às ações, mas não esperamos um resultado tão significativo quanto os 40% de Participação Especial, dado que inviabilizaria o setor mineral no Brasil”, ressalta um relatório da XP Investimentos assinado por Betina Roxo.

Ela lembra ainda que o relatório da CPI não é definitivo e deve levar tempo para um desfecho, que também pode ser bastante diferente ao proposto inicialmente.

De acordo com Bradesco, as discussões estão de fato esquentando em direção a royalties de mineração mais altos. Os analistas Tiago Lofiego e José Cataldo, contudo, notam que o número mais alto sendo debatido é de 10%, enquanto o intervalo de 4 a 8% foi nível mais frequente.

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Impacto

Nos cálculos do relatório do Bradesco, para cada aumento de 1% nos royalties, o Ebitda – medida de lucro operacional da empresa – da Vale (VALE) seria impactado negativamente em 1,5%. Já o da CSN (CSNA3) seria afetado em 0,5%.

Lofiego e Cataldo chamam a atenção para o fato de que as mineradoras australianas pagam em torno de 7% em royalties. Neste patamar, o impacto no Ebitda de 2020 seria de 5% para a Vale e 2% para a CSN.

Projeto deve demorar

De acordo a análise do cenário político realizada pela XP, as principais lideranças do Senado não demonstram estar com pressa de votar o tema. Pensando historicamente, esse tipo de proposta não é votado com agilidade pela decorrência dos diferentes interesses envolvidos. Para eles, o aumento na tributação até o momento não faz parte da agenda do Executivo.

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