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Mercado Livre (MELI) ‘declara guerra’ ao MGLU3 e VIIA3 por ‘tesouro’ do e-commerce brasileiro; confira os destaques do resultado do 2T23

03 ago 2023, 14:33 - atualizado em 03 ago 2023, 17:36
Mercado Livre
Pesquisa aponta marcas preferidas dos brasileiros. (Imagem: Shutterstock)

Não é de hoje que a Faria Lima se encanta com o Mercado Livre (MELI;MELI34). A empresa argentina vem entregando crescimento ininterrupto ao longo dos últimos anos, demonstrando força quando muitos de seus concorrentes patinaram.

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Na noite de ontem, os resultados divulgados sobre o segundo trimestre de 2023 voltaram a reforçar essa tese. “Comemorando o seu aniversário em grande estilo”, diz o Itaú BBA na introdução do seu comentário.

Depois de mais um balanço acima da expectativa do mercado, as ações da varejista listadas na Nasdaq disparam mais de 10% e são cotadas a US$ 1.309,7. No ano, a valorização do papel supera os 54%.



De acordo com análise de Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, a receita líquida de US$ 3,4 bilhões no trimestre resultou de um aumento de 17% na base de clientes, de 18% no número de itens vendidos e evolução nas principais regiões de atuação da companhia. A comparação é feita com o mesmo período de 2022.

Mercado Livre mira mercado multibilionário da linha branca no Brasil, em desafio a MGLU3 e VIIA3

Crescimento também é a palavra que definiu o volume bruto de mercadorias transacionadas (GMV, na sigla em inglês).

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No trimestre, o GMV do Meli ultrapassou a marca dos US$ 10 bilhões, beneficiando-se diretamente da derrocada da Americanas (AMER3), em uma indicação de que a empresa continua expandindo a sua já dominante fatia de mercado no Brasil.

Ainda dentro do contexto brasileiro, o Mercado Livre informou estar melhorando a sua competitividade de preço em produtos eletroeletrônicos, resultando em um aumento da margem de vendas 1P (vendas executadas pela própria plataforma, e não por terceiros).

Depois da queda da AMER3, o Mercado Livre vem se preparando para ‘travar uma guerra’ pela linha branca contra as demais concorrentes, como Via Varejo (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3). As varejistas brasileiras são dominantes históricas do segmento, que corresponde a maior fatia do GMV local.

Dentro de segmento 3P, a empresa reportou um aumento do take rate (a fatia das transações que fica retida para a plataforma) para 18,4%, o que acabou sendo “influenciado pelo aumento da penetração da iniciativa de anúncios e do repasse de preços para os vendedores”, diz Ferrer.

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O analista vincula o salto do take rate à sofisticação de funcionalidades disponíveis para clientes e vendedores da plataforma. “Em 2010, por exemplo, o take rate era de 6%”, relembra o analista da Empiricus.

Diante de todos esses números, o lucro líquido do Mercado Livre foi para US$ 261,9 milhões, avanço de 113% na base anual.

Não é só o e-commerce: Mercado Pago e Mercado Envios trazem números “superlativos”

As boas notícias para a varejista ultrapassaram a divisão de e-commerce. O Mercado Envios, que é segmento de logística próprio do Mercado Livre, atingiu um recorde no segundo trimestre de 2023, ao atingir uma penetração de 94% da rede de distribuidores parceiros.

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Já o fullfillment, serviço no qual a Meli realiza o armazenamento, embalagem e entrega de produtos, atingiu uma penetração de 46% em termos consolidados. Segundo a varejista, 56% dos pedidos estão sendo entregues em até 24 horas.

Assim como o Mercado Envios, o Mercado Pago também apresentou números “superlativos”, de acordo com Ferrer. O volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) atingiu US$ 42 bilhões, um aumento de 740% em relação ao segundo trimestre de 2022. Do total, US$ 27 bilhões é referente ao que está sendo transacionado fora da plataforma.

Dentro do Mercado Pago, o Itaú BBA faz destaque à linha de crédito, o Mercado Crédito. A receita de juros descontada de perdas para o produto teve um ganho de 6,2 ponto percentual (pp.), que chega a 36,8%. “O número foi puxado por menor provisão para perdas, em razão de uma qualidade de ativos maior e declínio do risco de inadimplência”.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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