Mercados

Mercado Livre (MELI) investirá no Brasil o equivalente, em valor de mercado, a 38 Americanas

16 mar 2023, 17:11 - atualizado em 16 mar 2023, 17:11
Mercado Livre E-commerce Brasil
Mercado Livre anunciou investimento de R$ 19 bilhões para a operação brasileira (Imagem: Shutterstock/casa.da.photo)

O Mercado Livre (MELI;MELI34) escala a aposta na operação brasileira. Mais cedo, executivos da empresa anunciaram um investimento de R$ 19 bilhões para 2023, um crescimento de 11,5% sobre o injetado um ano antes.

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A linha de investimentos anunciada para 2023 pela empresa argentina é mais de cinco vezes maior do que o valor de mercado da Via Varejo (VIIA3), e quase 40 vezes o equivalente a atual capitalização da Americanas (AMER3).

Desde 2018, a ordem de investimentos no Brasil aumentou em 1800%. O passo mais acelerado da expansão coincide com o ‘apogeu’ do comércio eletrônico vivido nos anos mais duros da pandemia de covid-19, uma consequência da mudança dos hábitos de consumo para formatos mais digitais.

“Teve um salto muito grande, por um momento de grande oportunidade”, disse o vice-presidente sênior da área de comércio eletrônico do e chefe da operação da companhia no Brasil, Fernando Yunes, à Reuters. Entre 2021 e 2022, a expansão do orçamento foi de 70%.

Yunes acrescentou que a plataforma de e-commerce projeta um crescimento de vendas e margens no país neste ano como resultado de aportes recentes que incluem, também, um aumento de linhas de gastos considerados estratégicos.

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Mais ‘entregas relâmpago’ e mudanças no Mercado Pago

A maior ‘avenida’ de investimento do Mercado Livre será em logística, com a empresa almejando fortificar a sua capacidade de entrega com com novos centros de distribuição e maior frota de aviões.

O objetivo, segundo ele, é entrar em mais cidades e elevar as entregas feitas em até um dia — fatia que atualmente representam cerca de 50% do total de vendas. O executivo não detalhou a magnitude da ampliação de capacidade logística planejada e o Mercado Livre não divulga o quanto será investido em cada área da empresa.

Quanto ao Mercado Pago, braço financeiro do Mercado Livre, a empresa pretende mirar o oferecimento de produtos de investimento para os clientes ainda este ano, à esteira da criação da MercadoCoin, moeda digital da empresa lançada no ano passado.

Um outro foco dos investimentos é em tecnologia, área na qual a empresa espera adicionar cerca de 2 mil desenvolvedores ainda em 2023. Atualmente, são cerca de 15 mil desenvolvedores trabalhando na companhia.

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Meli comenta Americanas e exposição ao SVB

Conforme reportado pela agência, Yunes afirmou que o Mercado Livre já conquista alguma ‘market share‘ deixado pela Americanas, desde o imbróglio contábil que a colocou em recuperação judicial.

Para o chefe de operações, o movimento é um resultado natural da desaceleração muito brusca da empresa que até então dominava o comércio eletrônico brasileiro, ao lado do próprio Meli.

Segundo projeção do Goldman Sachs divulgada em janeiro, ao propor maior presença no modelo 1P (one-party seller), o Mercado Livre pode se tornar um competidor forte na linha de bens duráveis (eletrodomésticos e eletroeletrônicos), que rendia à Americanas um GMV (total de mercadorias vendidas) de R$ 20 bilhões.

O banco espera um crescimento de 15% para o GMV arrecadado pelo Meli em 2023.

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De toda forma, em um olhar de longo-prazo, o ganho de mercado dos argentinos dependerá de como a Americanas se reestruturará após a crise.

Yunes também voltou a reiterar que o Mercado Livre não tem exposição ao Silicon Valley Bank (SVB), o ‘banco das startups’ que teve sua falência declarada no final da última semana.

*Com informações da Reuters

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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