Comprar ou vender?

Mercado Livre (MELI34) é a ‘joia da coroa’ do e-commerce brasileiro, diz o Safra; veja 3 motivos para comprar

21 ago 2025, 11:14 - atualizado em 21 ago 2025, 11:14
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O Safra elevou o preço-alvo para Mercado Livre e reiterou recomendação de compra (Imagem: Reuters/Divulgação Mercado Livre)

O Mercado Livre (MELI;MELI34) é apontado pelo Safra como a “joia da coroa” no e-commerce da América Latina. O banco reiterou a classificação outperform para as ações, equivalente à compra, e elevou o preço-alvo de US$ 2.600 para US$ 3.000.

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As ações da companhia são listadas na bolsa americana Nasdaq, sob o ticker MELI, por isso o valor em dólar. As negociações na B3 ocorrem pelo código MELI34, que representa o BDR, ou seja, o certificado de valor mobiliário emitido e negociado no Brasil que representa as ações da empresa listada no exterior.

Com a elevação do preço-alvo, o banco diz estar incorporando à tese os resultados recentes do Mercado Livre, além de novas premissas macroeconômicas, os impactos na renda disponível dos consumidores e atualizações na linha de despesas financeiras da companhia.

A gigante argentina de e-commerce é a top pick do Safra para o setor. O banco justifica a preferência, em suas palavras, pela continuidade do desempenho “excepcional”, combinando rápido crescimento, ganhos de lucratividade e geração de caixa.

O que está por trás do otimismo com Mercado Livre?

A equipe de analistas do Safra, lidera por Vitor Pini, permanece otimista com os catalisadores de crescimento do Mercado Livre, apesar dos impactos das dores desse crescimento nos resultados do curto prazo. Como destaques que dão suporte à preferência está a combinação de crescimento — com a liderança no setor e em um mercado que avança rapidamente —, a melhora da lucratividade e a sólida posição de alavancagem

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O Meli, destacam os analistas, tem uma reação de dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 1 vez. Quanto menor for o indicador, menos risco financeiro a empresa apresenta.

No entanto, o banco reconhece que alguns trimestres podem ter volatilidade da margem Ebit (lucros antes de juros e impostos), devido à abertura e a maturação de novos centros de distribuição, oferta de crédito mais ampla e impacto nas provisões, além das campanhas agressivas de frete grátis com preço mínimo reduzido.

Sobre esse último tópico, recentemente o Meli fez frente a uma grande concorrente — a Shopee — ao reduzir para R$ 19 o valor mínimo para frete grátis. Apesar do impacto esperado pelos analistas, o Safra aponta a estratégia como fundamental para sustentar o ritmo de crescimento exponencial da companhia.

Ainda há oportunidades

Em relação ao e-commerce, o Safra ainda enxerga um mercado subpenetrado na América Latina. O Safra pontua que, segundo a Euromonitor, o segmento deve aumentar 54% de 2023 a 2028, com a penetração atingindo 17% em 2028, o que continua abaixo do nível atual em mercados desenvolvidos como Estados Unidos e China.

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“Isso mostra a dimensão da oportunidade para o Meli consolidar este mercado. Dito isso, a empresa deve aumentar sua participação de mercado de 30% em 2023 para 37% em 2028, de acordo com nossas estimativas”, dizem os analistas.

O Safra enxerga que a abertura de novos centros de distribuição, a maior participação de entregas no mesmo dia ou no dia seguinte, a melhoria da penetração de centros de distribuição e o desenvolvimento do negócio de publicidade devem ser as principais alavancas para o ganho de participação de mercado e o desenvolvimento do e-commerce na região.

O 2T25 do Mercado Livre

No segundo trimestre deste ano, o Mercado Livre apresentou uma queda de 1,5% no lucro líquido em relação ao ano anterior, em um resultado abaixo das expectativas dos analistas. Entre os pesos, destaque para a já mencionada expansão do frete grátis no Brasil, que ampliou as vendas, mas também afetou as margens.

A companhia reportou um lucro líquido de US$ 523 milhões para o trimestre encerrado em junho, abaixo dos US$ 596 milhões esperados por analistas em pesquisa da LSEG.

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A receita líquida no período foi de US$ 6,8 bilhões, um aumento de 34% em relação ao ano anterior e acima das estimativas de US$ 6,7 bilhões, com o valor bruto de mercadorias (GMV) aumentando 37% em base neutra de câmbio.

O lucro antes de juros e impostos (Ebit) da companhia atingiu um recorde de US$ 825 milhões, mas também ficou abaixo da previsão de US$ 869 milhões. A margem Ebit foi de 12,2%, inferior à taxa de 14,3% do ano anterior.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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