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Mercado Livre (MELI34) escolhe dois aliados na guerra do e-commerce: Robôs — e frete grátis

24 set 2025, 17:29 - atualizado em 24 set 2025, 17:29
Na esquerda, Fernando Yunes, líder do Mercado Livre Brasil, e na direita, Luiz Vergueiro, diretor sênior de logística (Imagem: Divulgação)

O Mercado Livre (MELI34) aposta na utilização de robôs nos centros de distribuição para se fortalecer na guerra do e-commerce. Durante o Mercado Livre Experience 2025, realizando nesta quarta-feira (24), a companhia anunciou uma nova geração da tecnologia para reforçar a operação logística e elevar a capacidade de entregas rápidas. O valor do investimento não foi divulgado.

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O uso dos robôs ataca a demanda de unificar pedidos de consumidores em um único pacote, com a gigante do e-commerce mirando ampliar a possibilidade de entregas no mesmo ou em até um dia e manter a liderança de participação de mercado que detém no Brasil.

A empresa argentina tem em terras brasileiras seu maior mercado, responsável por 52% da receita nos últimos 12 meses, segundo dados apresentados por Fernando Yunes, vice-presidente sênior e líder do Mercado Livre no Brasil.

Com o investimento em tecnologia, são 125 robôs em operação, que permitem a separação de até 105 mil itens por dia, reduzindo em até 25% o ciclo de processamento de pedidos multi-itens, segundo os dados divulgados pelo Mercado Livre.

O uso dos robôs resulta em uma hora a menos do processo completo, tempo este que Yunes e Luiz Vergueiro, diretor sênior de logística, apontam que pode ser adicionado no horário limite para as entregas que ocorrem no mesmo dia ou até o seguinte.

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Mercado Livre de olho na guerra do e-commerce

O anúncio de avanço nos uso dos robôs pelo Mercado Livre é mais um movimento na guerra dos e-commerces, que reúne ainda nomes asiáticos, como Shopee, Amazon e até o TikTok Shop.

Em junho deste ano, um dos principais movimentos do Meli neste sentido foi a redução do valor mínimo para frete grátis de R$ 79 para R$ 19, concorrendo diretamente com nomes como a Shopee.

Yunes destacou a redução do frete grátis neste sentido, uma vez que no mês de junho o volume de unidades vendidas cresceu 34% contra o mesmo período do ano passado. Segundo o líder do Mercado Livre no Brasil, o crescimento vinha na casa de 26%.

O executivo aponta que a estratégia viabilizou duas ofertas: a de frete grátis a partir de um valor mais baixo para o consumidor que valoriza não pagar frete e que, em contrapartida, aceita esperar um pouco mais pela entrega, e continuar ofertando entrega rápida com o frete.

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A estratégia se amarra com a logística, com uma gestão de itens nos 23 centros de distribuição que o Mercado Livre detém até o momento que permite o envio com maior eficiência operacional ao combinar as duas ofertas, conforme falas de Yunes.

E a rentabilidade?

Sem almoço grátis, a medida teve seu impacto na rentabilidade do Mercado Livre. No balanço do segundo trimestre deste ano, a companhia registrou uma queda de 1,5% no lucro líquido em relação ao ano anterior, em resultado abaixo das expectativas dos analistas, com a expansão do frete grátis no Brasil ampliando as vendas, mas também afetando as margens.

O lucro antes de juros e impostos (Ebit) da companhia atingiu um recorde de US$ 825 milhões, mas também ficou abaixo da previsão de US$ 869 milhões. A margem Ebit foi de 12,2%, inferior à taxa de 14,3% do ano anterior.

Segundo Fernando Yunes, as estratégias implementadas são de médio a longo prazo. Apesar de reconhecer que um frete grátis em um produto de alto valor pressiona a margem, argumenta que aquele mesmo consumidor deve comprar novamente de outras categorias.

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“Esses clientes não vão comprar só produtos de R$ 20. Em algum momento eles vão trocar o telefone, vão comprar um produto para casa, ou uma roupa, um tênis, um suplemento… Eles vão comprar outras categorias e esse cliente vai ser atrativo e rentável”, diz.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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