AgroTimes

Mercado não se surpreenderá se hidratado tiver aumento recorde semanal de preços nas indústrias

27 ago 2021, 14:19 - atualizado em 27 ago 2021, 14:19
Cana-de-açúcar
Quebra recorde da safra de cana mantém projeções de altas do hidratado em toda a cadeia produtiva e no bolso do consumidor (Imagem: REUTERS/Desmond Boylan)

O etanol hidratado vai consolidar mais uma semana de alta na usina. E não deverá surpreender se sair com aumento recorde no acumulado de 23 a esta sexta (27), dentro dos padrões de levantamento do Cepea.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A visualização dessa possibilidade é da trading SCA, dadas as circunstâncias conjunturais, acentuadas estes dias, que estão embalando os negócios na origem desde a última semana de agosto.

Com exceção da ligeira queda nas distribuidoras na segunda, o renovável subiu todos os dias, acumulando 1,52% até ontem – e mais de 7% no mês, também segundo o Cepea -, lista Martinho Ono, CEO da empresa.

O segmento veio comprando mais caro o etanol hidratado e foi repassando, inclusive porque os preços do petróleo e da gasolina internacional abriram a semana em reversão de alta, tirando de cena a arbitragem que o mercado deveria fazer, contando com um corte na refinaria pela Petrobras (PETR4).

Na terça, acrescenta ele, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), reportou mais uma quebra de produção, de 16,99% na primeira quinzena de agosto, estacionando em 1,3 bilhão de litros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em julho também houve forte recuo, mantendo as usinas produzindo, proporcionalmente, mais anidro, enquanto a safra de cana embica para uma quebra que pode chegar em 530 milhões de toneladas.

Mesmo com prejuízo nas vendas, como também está nos dados da Única para a primeira metade de agosto (menos 12,29%) refletindo essas altas, a oferta é baixa para as necessidades básicas da cadeia setorial.

Compartilhar

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.