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Mercado pode se surpreender com expansão da Natura nos próximos anos

19 maio 2021, 15:52 - atualizado em 19 maio 2021, 15:52
Natura
A corretora revisou a recomendação da ação, mudando de neutra a compra, e elevou o preço-alvo para R$ 57,90 (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

Com as iniciativas (principalmente digitais) da Natura (NTCO3) ganhando escala em novos mercados de atuação, o mercado pode se surpreender de maneira positiva com algumas expansões da empresa nos próximos anos, defendeu a Ativa Investimentos.

“Vemos o digital – assim como apresentado no primeiro trimestre de 2021 – ganhando cada vez mais escala nas diversas praças de atuação, o que pode vir a ser upside risk para a tese de investimento”, afirmou o analista Pedro Serra, em relatório divulgado ontem.

A corretora revisou a recomendação da ação, mudando de neutra a compra, e elevou o preço-alvo para R$ 57,90 depois que a companhia divulgou seus resultados do primeiro trimestre do ano.

Apesar das perdas no valor de R$ 156,6 milhões no período, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 829 milhões, representando um salto de 470,7% em relação ao início de 2020. Em termos ajustados, o indicador atingiu R$ 963,2 milhões, com margem de 10,2%.

A receita líquida também seguiu trajetória de crescimento, com o montante fechando a R$ 9,5 bilhões.

Segundo a Ativa, com a volta da normalidade, as vendas da Natura devem acelerar nas diversas unidades de negócio. Com isso, pode-se esperar um aumento da alavancagem operacional da empresa, o que implica em margens Ebitda maiores.

“Além disso, após grande alta nos preços dos insumos e um câmbio bastante desfavorável – que levou a margens bruta pressionadas -, vislumbramos um cenário de maior resiliência para os próximos resultados, assim como o apresentado no primeiro trimestre de 2021”, acrescentou Serra.

Investimentos

A Ativa acredita que a Natura tem recursos financeiros suficientes para colocar em prática o seu plano estratégico de turnaround da Avon, reorganização da The Body Shop e expansão das operações.

A Avon, principalmente, é um ponto de atenção na tese de investimento da companhia. De acordo com Serra, o sistema de execução da Natura, de usar revendedoras em suas operações, pode acelerar o turnaround da marca.

“Pode ocorrer uma melhora na produtividade das consultoras Avon, redução da evasão, e um rejuvenecimento
da marca que aumentaria o mercado endereçável”, disse o analista.

Apesar dos riscos de execução, como sinergias entre Avon e Natura aquém do esperado e aumento da concorrência, a Ativa enxerga uma boa relação risco-retorno no case da Natura e está otimista com a capacidade de expansão da varejista.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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