Mercados tentam se recuperar após tensão China-EUA; o que esperar do Ibovespa nesta segunda (13)

Nada como um fim de semana para acalmar os ânimos. Após uma sexta-feira marcada pela turbulência gerada pela nova crise comercial entre Estados Unidos e China, os mercados iniciam a semana em busca de recuperação.
Para contextualizar: o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou não ver “nenhum motivo” para se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, e ameaçou um “aumento maciço” nas tarifas sobre produtos chineses.
Em publicação no Truth Social, Trump declarou que o gigante asiático tem enviado cartas a diversos países informando a intenção de impor controles de exportação sobre todos os elementos de produção relacionados às terras raras.
Logo depois, o republicano anunciou uma nova tarifa de 100% sobre mercadorias chinesas. As taxas passarão a valer em 1º de novembro e se somam às já impostas no primeiro semestre.
O aumento das tensões comerciais abalou Wall Street, provocando queda nas ações das grandes empresas de tecnologia e gerando preocupação entre companhias estrangeiras que dependem da produção chinesa de terras raras processadas e ímãs desse tipo de material.
No domingo (12), Trump publicou uma nova mensagem sugerindo uma possível trégua no conflito comercial com a China, embora também tenha deixado uma ameaça velada.
“Não se preocupem com a China, vai ficar tudo bem! O respeitadíssimo Presidente Xi acaba de passar por um momento ruim. Ele não quer uma Depressão para o seu país, e eu também não. Os EUA querem ajudar a China, não a prejudicar!!!”, escreveu.
Em resposta, Pequim classificou as novas tarifas impostas por Washington como “hipócritas” e defendeu as medidas de restrição sobre a exportação de elementos e equipamentos de terras raras.
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Mercados internacionais
Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão em forte queda, ainda refletindo os desdobramentos da crise comercial deflagrada na sexta-feira. Já na Europa e nos Estados Unidos, os principais índices e os futuros de Nova York avançam nesta manhã, após o presidente Trump sinalizar uma possível flexibilização em sua postura diante do impasse comercial com a China.
O mercado também monitora o acordo de paz no Oriente Médio. O Hamas libertou os últimos 20 reféns vivos que mantinha desde o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, além de entregar outros 28 corpos.
Outro destaque é o resultado da balança comercial da China. As exportações da segunda maior economia do mundo cresceram 8,3% em setembro na comparação anual, acelerando em relação ao avanço de 4,4% em agosto e superando a projeção de 6%. As importações também surpreenderam, com alta de 7,4%, após o ganho de 1,3% no mês anterior e acima da expectativa de 1,5%.
- Petróleo
Os preços do petróleo iniciam a semana em alta, recuperando parte das perdas da sessão anterior. O movimento reflete o otimismo cauteloso dos investidores com a possibilidade de que eventuais negociações entre Trump e Xi Jinping possam reduzir as tensões entre as duas maiores economias do mundo — e, consequentemente, aliviar as preocupações no mercado de energia. - Criptomoedas
As criptomoedas operam em território positivo. O bitcoin (BTC) é negociado nos US$ 115 mil, apresentando uma alta de 2,9%. Já o ethereum (ETH) avança 8,2% e é negociado nos US$ 4.100.
Ibovespa
Por aqui, o destaque do dia é a divulgação do Relatório Focus, com as novas projeções do mercado para inflação, PIB, câmbio e taxa Selic.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda em Roma, onde participa de reuniões bilaterais, e retorna ao país ainda hoje. De volta a Brasília, o petista deve se reunir com assessores para definir as medidas que o ministro Fernando Haddad e sua equipe econômica estão elaborando após a derrota da Medida Provisória do IOF no Congresso.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) terminou com queda de 0,73%, aos 140.680,34 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 2,45%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5037, com alta de 2,38%. No acumulado dos últimos cinco pregões, o dólar à vista acumulou alta de 3,13% ante o real.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, sobe 0,90% no pré-market, cotado a US$ 29,05.
Agenda: Veja a programação para hoje
Indicadores econômicos
- 06h – Zona do euro – Vendas no varejo
- 08h25 – Brasil – Relatório Focus
- 15h – Brasil – Balança comercial mensal
Agenda – Lula
- 8h15 – Audiência com Sua Santidade o Papa Leão XIV
- 11h – Encontro com Pietro Labriola, CEO mundial da TIM, e Matteo del Fante, CEO da Poste Italiane
- 13h – Reunião do Conselho de Campeões (“Board of Champions”) da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
- 13h40 – Reunião com o Diretor-Geral da FAO, Qu Dongyu
- 14h – Sessão de abertura do Fórum Mundial da Alimentação
- 15h – Visita aos escritórios do mecanismo de apoio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
- 15h20 – Reunião com o Conselheiro-Chefe (Chefe de Governo) da República Popular de Bangladesh, Muhammad Yunus
- 17h05 – Partida para o Brasil
Agenda – Fernando Haddad
- 9h – Reunião de alto nível pré-COP
Agenda – Gabriel Galípolo
- Despachos internos
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta segunda-feira (13)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: -1,01%
- Hong Kong/Hang Seng: -1,52%
- China/Xangai: -0,19%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: +0,06%
- Frankfurt/DAX: +0,44%
- Paris/CAC 40: +0,49%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +1,89%
- S&P 500: +1,33%
- Dow Jones: +0,97%
Commodities
- Petróleo/Brent: +1,75%, a US$ 63,83 o barril
- Petróleo/WTI: +1,95%, a US$ 60,05 o barril
- Minério de ferro: +1,13%, a US$ 112,80 a tonelada em Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC):+2,9%, a US$ 115.136
- Ethereum (ETH): +8,6%, a US$ 4.164,67
Boa segunda-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!