Mercosul e Associação Europeia de Livre Comércio assinam acordo de livre comércio na terça-feira

O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA, na sigla em inglês), bloco formado por Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein, será assinado na próxima terça-feira (16) no Rio de Janeiro.
A cerimônia ocorrerá durante a reunião de chanceleres do Mercosul, que será presidida pelo ministro, embaixador Mauro Vieira. O Brasil está na presidência temporária do bloco.
“Na reunião de chanceleres do Mercosul, serão apresentadas as prioridades da atual Presidência Pro Tempore Brasileira (PPTB) e discutidas as perspectivas do processo de integração regional. Para o Brasil, a consolidação da união aduaneira, a diversificação das parcerias econômico-comerciais do Mercosul e a modernização e aprofundamento dos acordos regionais vigentes constituem objetivos essenciais, em meio a cenário internacional instável e complexo”, informou o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em nota.
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O acordo entre Mercosul e o EFTA
As negociações para o acordo entre Mercosul e EFTA tiveram início em junho de 2017, em Buenos Aires. No total, foram 14 rodadas de negociações até a conclusão, em julho deste ano. Na ocasião, o governo federal projetou que o acordo terá um efeito positivo de R$ 2,69 bilhões sobre o produto interno bruto (PIB) brasileiro em 2044, tomando como base o ano de 2023.
Segundo o estudo do governo, os efeitos econômicos incluem ainda um aumento de R$ 660 milhões em investimentos, redução no nível de preços ao consumidor, crescimento nos salários reais e impacto de R$ 3,34 bilhões nas exportações totais do Brasil. Do lado das importações, a estimativa é de um impacto de R$ 2,57 bilhões.
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O comunicado do (MRE) também informou que a presidência brasileira vai enfatizar na reunião de terça-feira a importância do apoio ao processo de adesão plena da Bolívia ao Mercosul, assim como a dimensão social e cidadã do bloco, com atenção ao papel desempenhado pelo Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos (IPPDH) e pelo Instituto Social do Mercosul (ISM).
Outra prioridade será o lançamento da “Estratégia Mercosul de Combate ao Crime Organizado”, com o objetivo de aperfeiçoar a cooperação na área da segurança pública.