Mesmo com recorde histórico de transações pelo Pix, pagamento em cheque movimenta R$ 211 bilhões no 1º semestre de 2025

Embora o Pix tenha registrado um feito inédito na última sexta-feira (5), com 290 milhões de transações e um volume de R$ 164,8 bilhões em um único dia — marcas que reforçam a modernização dos meios de pagamento no Brasil —, um método tradicional segue resistindo: o cheque.
Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontam que, no primeiro semestre de 2025, cerca de 50 milhões de cheques foram compensados movimentando R$ 211 bilhões. Apesar da relevância da cifra, o uso do cheque está em queda, com volume 21,9% menor que no mesmo período de 2024, quando foram compensados 64 milhões de cheques e movimentados R$ 236 bilhões.
Aumento do valor médio
Enquanto o número total de cheques compensados reduz, o valor médio por cheque cresceu 14,2%, passando de R$ 3.606 em 2024 para R$ 4.118 em 2025, indicando que o brasileiro utiliza o cheque principalmente para transações de maior valor.
O auge e a queda
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O cheque teve seu auge em 1995, com cerca de 3,3 bilhões de unidades compensadas e movimentando algo como R$ 2 trilhões — valor recorde para a época. Desde então, o uso do cheque caiu drasticamente: considerando o fim de 2024, o volume de cheques compensados caiu 95,87%.
Quem ainda usa cheque?
Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Febraban, o cheque permanece presente especialmente no mundo empresarial, usado para parcelamentos e pagamentos a fornecedores em função da confiança e prazos diferenciados.
As empresas respondem por mais de 50% dos cheques emitidos. Entre pessoa física, o cheque ainda é aceito em situações em que há confiança entre cliente e lojista, e quando há necessidade de melhores condições de pagamento.