Carnes

Mesmo com spread negativo, frigorífico banca boi caro por oferta crítica

23 out 2020, 15:49 - atualizado em 23 out 2020, 15:49
Marfrig-Carnes
Preço da carne no atacado está menor do que o equivalente na compra do boi (Imagem: Facebook/Marfrig)

As condições de aperto na disponibilidade de bois ainda se mostram críticas e ignoram as desvantagens que os frigoríficos sofrem na compra dos animais e nas margens das exportações mais corroídas. Mesmo vendendo menos e ganhando menos, as indústrias são obrigadas a pagar mais para suprir as necessidades atuais do mercado.

A carcaça casada negociada no atacado passou os R$ 17 e os R$ 17,30 o kg, respectivamente boi castrado e inteiro, segundo a Agrifatto, com a indústria tentando impor mais preços, mas sob pressão intensa de um “spread negativo ainda”, comenta o analista Yago Travagini.

Boi em São Paulo a R$ 270 já bem comum, mesmo sem premiação China, portanto acima do valor negociado da carne. Mesmo em valores de balcão, em torno de R$ 4 a menos, igualmente entre a Agrifatto e Scot Consultoria, o frigorífico opera descasado.

As promoções no varejo se intensificam também, o que posterga o repasse por inteiro, sobretudo nos cortes traseiros, mais nobres. Os dianteiros ainda conseguiram maior valorização, nota Travagini.

No mercado externo, os frigoríficos exportadores também são obrigados a gastarem mais levando menos @s para o abate. Levantamento da Radar Investimentos que pega a receita da tonelada de carne e quanto consegue adquirir uma unidade de medida do boi gordo, mostra queda desde maio.

De 132,2 @s em 1º de maio, caiu para 89,1 em setembro.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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