Agronegócio

Mesmo em semana positiva, café sofre resistência no futuro mais próximo

08 nov 2019, 15:07 - atualizado em 08 nov 2019, 15:22
Momento positivo par o café, nos contratos mais curtos, mas sob limites que o mercado impõe à espera de mais novidades (Imagem: REUTERS/Jose Miguel Gomez)

A Organização Internacional do Café (OIC) avaliou um déficit de 500 mil sacas na oferta mundial de 19/20, mas ainda a commodity tem resistência em romper a fronteira que daria uma referência positiva no contrato mais próximo. O mercado evita ficar muito comprado ante várias análises que vão em sentido contrário, ou seja, que o consumo permanecerá menor que a produção.

Também há certa indefinição quanto à próxima safra brasileira, à espera dos relatórios de ‘pegamento’ dos frutos nos pés, enquanto há indicações de tempo mais firme nas áreas continentais do Sudeste.

Os gráficos da ICE Future Nova York, observados por analistas, mostram que o café não rompe os 1,0945, ou menos ainda o US$ 1,10 por libra-peso no dezembro, mesmo em semana positiva como esta, quando o arábica teve um acumulado de 510 pontos de alta até quinta.

E nesta sexta (8), quase mais 0,30%, a US$ 1,0940 faltando pouco para o fechamento.

Na banda de baixo, os suportes estão entre US$ 1,035 e US$ 1,0 l/p, também segundo dados relatados pelo Conselho Nacional do Café (CNC).

Também é preciso dar um desconto para o vencimento de dezembro, uma vez que não tem muito café disponível.

Do lado cambial, o reforço do dólar nestes dias, acumulando mais de 2,5% de expansão até o fechamento de ontem, o mercado segue monitorando.

Da parte do conilon, a ICE Europe (Londres) registrou, no janeiro/20, avanço de US$ 56, com a tonelada finalizando em US$1.378.

Físico

Dados do Cepea/Esalq atestam que a evolução dos preços estimulou mais a liquidez do físico, tanto arábica quanto no conilon.

Segundo a instituição, o arábica atingiu a marca de R$ 462,84/saca e o robusta (conilon) em R$ 299,10, valorizações de 5,6% e 2,5%.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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