Meta anuncia compra de startup de IA chinesa Manus, que promete desempenho superior a OpenAI
A Meta (META) informou nesta segunda-feira (29) que irá adquirir a startup de inteligência artificial Manus, fundada por chineses, à medida que a gigante de tecnologia acelera seus esforços para integrar IA avançada em suas plataformas.
Os termos financeiros da transação com a Manus não foram divulgados, mas uma fonte com conhecimento direto do assunto disse que o acordo avalia a empresa, sediada em Singapura, entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões.
A Manus não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
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Antes celebrada como o próximo DeepSeek da China, a Manus viralizou no início deste ano na plataforma X após lançar o que afirmou ser o primeiro agente de IA geral do mundo, capaz de tomar decisões e executar tarefas de forma autônoma, com muito menos necessidade de comandos do que os chatbots de IA.
Desde então, Pequim demonstrou interesse em apoiar a Manus, que afirma que o desempenho de seu agente de IA supera o do DeepResearch, da OpenAI. A empresa também mantém uma parceria estratégica com o Alibaba para colaborar no desenvolvimento de seus modelos de IA.
A Meta irá operar e vender o serviço da Manus e integrá-lo a seus produtos voltados para consumidores e empresas, incluindo o Meta AI, informou a companhia.
Gigantes de tecnologia como a Meta vêm intensificando investimentos em IA por meio de aquisições estratégicas e contratação de talentos, à medida que enfrentam uma concorrência acirrada no setor. No início deste ano, a dona do Facebook investiu na Scale AI em um acordo que avaliou a startup de rotulagem de dados em US$ 29 bilhões e trouxe seu CEO de 28 anos, Alexandr Wang.
A Manus, apoiada por sua controladora Beijing Butterfly Effect Technology, captou US$ 75 milhões neste ano a uma avaliação de cerca de US$ 500 milhões, disse a fonte, confirmando reportagens anteriores da mídia. A empresa de venture capital americana Benchmark liderou a rodada de financiamento.
Entre seus investidores também estão a HSG, anteriormente conhecida como Sequoia Capital China, a ZhenFund e a gigante da internet Tencent Holdings, segundo dados do PitchBook.
A Manus está entre uma série de empresas chinesas que se estabeleceram em Singapura nos últimos anos, apostando que a mudança para a cidade-Estado focada em comércio reduziria os riscos de suas operações serem afetadas pelas tensões geopolíticas entre China e Estados Unidos.