Metais preciosos nas máximas: Ouro e prata registram alta com guerra comercial e aposta em juros menores

O ouro, tradicionalmente considerado um dos investimentos mais seguros, atingiu uma nova máxima histórica intradia nesta quinta-feira (16), impulsionado pelos atritos comerciais entre Estados Unidos e China e pelas expectativas de que o Federal Reserve mantenha uma política monetária mais flexível.
Mais cedo, o contrato de ouro mais negociado, com vencimento em dezembro, chegou a US$ 4.266,65 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Este foi o quinto pregão consecutivo de valorização do metal.
Por volta das 9h40, o ouro avançava 1,27%, sendo cotado a US$ 4.254,76 por onça-troy.
Investidores projetam ao menos mais cortes na taxa de juros dos EUA até o final do ano, mesmo com o presidente do Fed, Jerome Powell, avaliando que a economia norte-americana apresenta uma trajetória ligeiramente mais sólida do que o esperado.
- LEIA TAMBÉM: Comece a investir agora: com o simulador do Money Times, você recebe recomendações com base no seu perfil de investidor e metas financeiras
A tensão comercial entre EUA e China continua a gerar preocupações sobre impactos duradouros na economia global, fortalecendo o apelo do ouro como ativo de proteção. O shutdown do governo americano também favoreceu a valorização do metal, assim como o fenômeno conhecido como “flight to quality”, em que investidores se afastam de dívidas soberanas e moedas em busca de proteção contra déficits fiscais.
O movimento de compra se estendeu a outros metais preciosos: a prata subiu 1,39% nesta quinta, sendo negociada a US$ 52,09 por onça-troy. No entanto, o mercado do metal tem sido afetado pela baixa liquidez em Londres, elevando os preços de referência globalmente acima dos futuros negociados em Nova York.
Nesta semana, a prata chegou a superar os US$ 53 por onça-troy, quebrando o recorde anterior de 1980 e acumulando uma valorização superior a 85% em 2025.