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Metaverso do Facebook (FBOK34) não deve ter sucesso, diz veterano dos games

14 mar 2022, 16:19 - atualizado em 14 mar 2022, 16:38
Meta Facebook Reuters
Metaverso do Facebook não deve ter sucesso, diz veterano dos games (Imagem: Reuters/Dado Ruvic/Illustration)

A Meta, proprietária do Facebook (FB), se posicionou como grande defensora do futuro do metaverso, mas um veterano da indústria de games duvida da visão de Mark Zuckerberg.

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Como ocorreu com a tecnologia em nuvem há cinco anos e com a internet 20 anos atrás, todas as empresas agora estão tentando se agarrar ao metaverso, disse Reggie Fils-Aime, que já foi diretor operacional da Nintendo.

Para ele, não será a Meta Platforms que vai impulsionar o futuro digital, mas sim empresas menores que estão inovando de verdade. O veterano acrescenta que companhias como a Epic Games estão fazendo coisas “realmente interessantes”.

“O Facebook em si não é uma empresa inovadora”, disse Fils-Aime durante o evento South by Southwest em Austin, Texas. “Eles adquiriram coisas interessantes, como Oculus, empresa de óculos de realidade virtual, e Instagram, ou seguiram rapidamente as ideias de outros. Eu não acho que a definição atual deles será bem-sucedida.”

Um representante da Meta não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da reportagem.

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A ascensão de empresas menores e inovadoras — que atualmente buscam recursos em rodadas de financiamento ou capital-semente — sugere mais consolidação no setor adiante. Fils-Aime citou aquisições bem-sucedidas como a compra da Zynga pela Take-Two Interactive Software, e considera o lance da Microsoft pela Activision Blizzard “uma compra fantástica”.

Sobre Fils-Aime

Fils-Aime é filho de haitianos que fugiram do regime de Jean-Claude Duvalier (conhecido como Baby Doc) e se estabeleceram em Nova York. Em seu novo livro “From the Bronx to the Top of Nintendo”, ele fala sobre sua educação e o caminho que o levou ao alto escalão da companhia japonesa.

Como executivo negro, ele criticou a indústria de games pela falta de agilidade para enfrentar desafios de diversidade.

“Esta é uma indústria global que atinge 3 bilhões de pessoas em todo o mundo, é um negócio de US$ 200 bilhões”, disse Fils-Aime. “A representação nos games e na liderança não está nem perto de onde deveria estar.”

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Fils-Aime ingressou na GameStop em 2020 e ficou no conselho por um ano. Segundo ele, a direção, comandada por Ryan Cohen, rejeitou suas ideias. Na época, ele acreditava que a companhia poderia ter sucesso migrando para o e-commerce, que agradaria sua base de clientes.

“Não havia uma estratégia articulada. A liderança afirmava que não queria articular nossa estratégia para que não fosse roubada”, disse ele. “Para mim, isso não era aceitável.” Fils-Aime não é mais acionista da GameStop.

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bloomberg@moneytimes.com.br