Money Times Entrevista

MetLife Brasil supera os R$ 2 bilhões em receitas e defende seguro de vida como ‘primeiro passo’ para investidor

30 set 2024, 7:00 - atualizado em 30 set 2024, 11:45
metlife
(Imagem: iStock/JHVEPhoto)

A MetLife (METB34), multinacional americana do ramo de seguros, alcançou o marco de R$ 4,8 bilhões em ativos totais no Brasil em 2023. A companhia encerrou o ano com R$ 135,3 milhões de lucro líquido, R$ 2,1 bilhões de receita obtida em prêmios de seguros e um índice de sinistralidade de 36,1%.

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Neste cenário, a seguradora registrou um crescimento de 33% em 2023 em comparação com 2022, superando em quase quatro vezes o setor. Segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados) e da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), o mercado segurador brasileiro arrecadou R$ 388,03 bilhões em 2023, um crescimento de 9%.

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Em entrevista ao Money Times, Marcelo Tomei, vice-presidente comercial da MetLife Brasil, destacou que a companhia conta com mais de 100 milhões de clientes ao redor do mundo e preza por solidez, sendo o seu trunfo no mercado.

“Temos um propósito que trazemos muito forte para o Brasil, que é o objetivo de ampliar o acesso que as pessoas têm ao seguro, trasnformando principalmente seguro de vida e plano odontológico em produtos muito mais acessíveis, pensando na importância que ele tem para o planejamento financeiro nos mais diversos momentos da vida das pessoas”.

Para este ano, Tomei comenta que vem se desenhando um crescimento acima de 17% em prêmios, puxado por uma retomada do crédito e, com isso, o segmento de seguro prestamista e de vida impulsionam esse número.

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Apesar de não estar listada diretamente na Bolsa brasileira, que no setor conta com nomes como BB Seguridade (BBSE3), Porto Seguro (PSSA3) e Caixa Seguridade (CXSE3), a companhia está listada na Bolsa de Nova York (Nyse), onde acumula alta de mais de 21% no ano, sob o ticker MET e tem BDRs não patrocinadas negociadas na B3, com o código METB34.

O efeito pandemia

Marcelo Tomei destaca que a pandemia de Covid-19, que paralisou o mundo em 2020, despertou em muitas pessoas duas grandes preocupações: riscos cotidianos e sucessão. O balanço da MetLife de 2023 evidencia que houve crescimentos expressivos em prêmios emitidos de seguro de vida, de 14% em 2021 em relação a 2020, de 39% em 2022 contra o ano anterior e de 33% em 2023 frente 2022.

“Depois da pandemia, havia uma quantidade grande de inventários no Brasil que estavam, por exemplo, em discussão por falta de recursos para pagamento dos impostos devidos, porque a família tem um patrimônio, mas muitas vezes não tem liquidez”, explica.

“Ao ter um patrimônio, quando a família ou a empresa tem uma necessidade de sucessão, o seguro de vida é uma ferramenta fundamental porque não entra em inventário. Quem vai receber a indenização do seguro de vida é o beneficiário, e ele também não tem incidência de imposto”, completa.

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O executivo comenta ainda que, no cenário de pandemia, a atenção e preocupação da pessoa física com doenças, afastamento do trabalho, internação, entre outros aspectos, cresceu, impulsionando o mercado e direcionando o foco da MetLife para atender as demandas que surgiram.

Somado a isso, as necessidades evidenciadas pelo período proporcionaram um avanço na desmistificação do seguro de vida como um “atestado de óbito”, o colocando na posição de um recurso para diversas situações, como doenças graves, incapacitação temporária, entre outros contextos que garantem seguro em vida.

Seguro antes dos investimentos?

Tomei defende que o seguro de vida deve ser o primeiro passo de qualquer planejamento financeiro, ainda que não seja de alto valor, mas que proporcione proteção a curto prazo.

Ele aponta ainda que, pesquisa do Datafolha divulgada em dezembro de 2023, aponta que quase 70% dos brasileiros não possuem reserva de emergência, recurso atrelado ao planejamento financeiro. Neste sentido, afirma que os países onde existe uma “cultura de seguro” maior, é onde há maior conhecimento e aplicação deste planejamento.

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“Então, por exemplo, em um país como os Estados Unidos, ao iniciar um planejamento financeiro, o primeiro aspecto que é colocado é o seguro de vida. Ele acontece antes do início do planejamento financeiro, antes do investimento, porque é ele que vai garantir que o seu plano vai funcionar se alguma coisa acontecer”.

Além da proteção, o executivo da MetLife reitera que, com a construção de um grande patrimônio, o seguro de vida pode ser um caminho para viabilizar liquidez em processos sucessórios.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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