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México usará bancos de desenvolvimento para oferecer liquidez

14 mar 2020, 14:28 - atualizado em 13 mar 2020, 9:00
Bandeira do México
Os riscos crescentes de recessão global causada pela pandemia chegam em mau momento para a economia mexicana (Imagem: Pixabay)

O México planeja conceder empréstimos a setores comerciais que possam ser mais atingidos pelo coronavírus. O país também avalia permitir o adiamento dos pagamentos de impostos para enfrentar choques de liquidez, disse o subsecretário da Fazenda, Gabriel Yorio.

Empresas que já possuem empréstimos de bancos de desenvolvimento podem solicitar um período de carência ou refinanciamento, caso enfrentem problemas de liquidez, disse Yorio em entrevista na quinta-feira, à margem de uma conferência do setor bancário, em Acapulco.

“Podemos oferecer empréstimos de bancos de desenvolvimento. Já estamos trabalhando com a Nafin para elaborar créditos”, disse em referência à Nacional Financiera, um dos bancos de desenvolvimento controlados pelo estado mexicano.

“Outra opção pode ser incentivos fiscais, mas temos que estudá-los bem”, afirmou.

Os riscos crescentes de recessão global causada pela pandemia chegam em mau momento para a economia mexicana, que em 2019 encolheu pela primeira vez em uma década.

Economistas rapidamente cortam previsões de crescimento para este ano. O Bank of America espera outra retração do PIB mexicano em 2020, de 0,1%.

No começo de abril, o Ministério da Fazenda revisará a previsão de crescimento de 2%, que está acima do consenso.

Na entrevista, Yorio também disse que o México terá que cortar gastos do governo devido à desvalorização do peso e à queda dos preços do petróleo, que afetam as contas públicas.

A medida é necessária apesar do lucrativo hedge de petróleo do México e dos menores preços da gasolina, que permitem ao governo suspender completamente os subsídios aos combustíveis, disse.

Yorio disse que em 2009, quando a economia do México foi atingida pelo surto de H1N1, restaurantes, cinemas, empresas de turismo e companhias aéreas foram os mais afetados. É para esses setores que a maioria dos estímulos do governo será direcionada desta vez, disse.

“O que pedimos a todos os bancos é que estejam abertos ao refinanciamento, para definir produtos que forneçam liquidez às empresas.”

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