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MGLU3, VIIA3, MELI34: Confira as apostas do BTG para o e-commerce no 1T23

26 abr 2023, 16:25 - atualizado em 26 abr 2023, 16:29
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O BTG espera que as empresas do segmento tenham um crescimento anual de 15% no GMV (Imagem: Pixabay/athree23)

O BTG Pactual avalia que o primeiro trimestre do varejo eletrônico deve “se parecer muito com os trimestres anteriores”, mas com deterioração nos fundamentos das empresas.

“Não há dúvida de que os varejistas estão altamente correlacionados com o cenário macro”, explicam Luiz Guanais e equipe de analistas do banco. Segundo ele, trata-se de uma relação que foi “particularmente forte” nos últimos trimestres.

Segundo o banco, as empresas do setor lidaram não apenas com pressões de alavancagem financeira (e resultados financeiros), mas também com desaceleração da demanda, o que deve refletir em resultados mais fracos nesse começo de ano.

O BTG espera que a receita consolidada do setor aumente em 21% na comparação anual, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve crescer 14% ante o mesmo período do ano anterior. Tudo isso em meio aos esforços para otimizar custos e adotar preços mais racionais.

Contudo, os custos de captação mais altos para as companhias do setor devem prejudicar o lucro líquido das empresas, que deve recuar em 73% no ano.

E-commerce

Em relação ao segmento de varejo eletrônico, o BTG explica que o segmento se encontra em uma “base de comparação mais amigável” depois de um período desafiador em 2022.

Além disso, as iniciativas de otimização de custos devem gerar melhorias de margem foram valorizadas pelos analistas.

O banco espera que o GMV (Volume Bruto de Mercadoria) consolidado do Magazine Luiza (MGLU3) cresça 12% no trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A empresa irá divulgar seus números do 1T23 no dia 15 de maio, e o BTG calcula que o resultado seja de um prejuízo de R$ 176 milhões.

Já a Via (VIIA3) deve registrar um aumento de 3% anual no GMV total, mas um prejuízo de R$ 251 milhões no período. Os resultados da companhia serão divulgados no dia 4 de maio.

Enquanto isso, o Mercado Livre (MELI34) deve registrar um aumento de 22% no ano nas suas operações brasileiras, com uma adição de R$ 3,9 bilhões de GMV. A companhia ainda não anunciou uma data para a divulgação do seu balanço trimestral.

O BTG espera que, juntas, as empresas de e-commerce tenham um crescimento anual de 15% no GMV, ante crescimento anual de 16% no último trimestre.

Os analistas do banco ainda enxergam uma tendência secular de crescimento para o comércio eletrônico brasileiro nos próximos anos, com GMV (e participação nas vendas do varejo) muito maior do que os níveis pré-pandemia.

No entanto, o corte de investimentos para melhorar a rentabilidade das empresas ainda é uma perspectiva para o curto/médio prazo das empresas do segmento.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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