Mercados

Microsoft (MSFT): A estrela no balanço da Big Tech que explica o salto da ação; para Itaú BBA, ‘o céu é o limite’

26 abr 2023, 17:10 - atualizado em 26 abr 2023, 17:15
Microsoft Big Tech resultados
Força de receita com serviço de nuvem faz Microsoft ir às nuvens no mercado. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

A Microsoft (MSFT;MSFT34) teve uma recepção calorosa dos mercados, após divulgação do balanço corporativo do primeiro trimestre de 2023. O papel da big tech subiu 7,5% na Bolsa de Nova York e ajuda o Nasdaq a ter um ganho de 0,50% nesta quarta-feira (26).

Os analistas que acompanharam a apresentação da Microsoft rasgaram elogios à companhia. Segundo a repercussão do noticiário financeiro, a big tech está com a ‘faca entre os dentes’ para dominar dois mercados-chave do setor de tecnologia: computação em nuvem e pesquisa.

O primeiro deles foi, a propósito, o grande destaque dos resultados exibidos ontem e respondem pelo rali da ação.

A linha de inteligência em nuvem, Azure, gerou uma receita de US$ 22,8 bilhões, uma alta de 16% na comparação anual. Atualmente, a linha respondeu por quase 50% de toda a receita gerada pela Microsoft, que atingiu US$ 52,9 bilhões entre janeiro e março.

Na teleconferência, os executivos da Microsoft disseram que o ciclo de otimizações do serviço de nuvem está próximo de terminar, o que representa um ponto de inflexão positivo para o carro-chefe da empresa de Bill Gates.

Como explica o Itaú BBA, “pelos últimos trimestres, investidores estavam preocupados com o Azure. Feedbacks negativos dos otimizadores e alternativas de estocagem de dados fracas indicavam que a desaceleração na linha de inteligência de nuvem tinham chegado para ficar”.

Segundo a casa de análise, essa era a única razão para estar fora da ação. “Agora, com essas preocupações sanadas, não há limite que a Microsoft não consiga alcançar, dado os avanços em IA da empresa daqui em diante”.

Microsoft coloca alvo em Google por domínio de search

Mas a Microsoft não parece que irá se contentar somente com a liderança nos serviços de computação em nuvem. O CEO Satya Nadella deixou claro que a empresa tem um novo e ambicioso alvo: as interfaces de pesquisa.

Se até agora o segmento de busca era um trunfo incontestável do Google (GOOG), o movimento de integração do ChatGPT ao Bing (o mecanismo de pesquisa da Microsoft) pode ser capaz de mudar o jogo em favor da empresa de Gates.

De acordo com os números trimestrais, houve um forte avanço de 10% da receita em busca, citando ganhos para o Bing e para o Microsoft Edge (competidor direto do Google Chrome).

Ainda de acordo com a companhia, o Bing chega a marca de 100 milhões de usuários diários ativos, enquanto o número de downloads do aplicativo móvel subiu quatro vezes desde que o ChatGPT foi acoplado ao buscador.

Enquanto isso, o Google viu a receita de busca praticamente estacionar no primeiro trimestre do ano. Em contraste com o apresentado pela Microsoft, os números corporativos da Google no trimestre trouxeram pouca inspiração para o papel nesta terça.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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