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Migração dispara nos EUA com debandada para Flórida e Texas

31 ago 2020, 14:55 - atualizado em 31 ago 2020, 14:55
Imóveis EUA
O inverso é observado em Nova York e Nova Jersey, que entre março e julho perderam moradores para Flórida (Imagem: Pixabay)

As mecas imobiliárias dos EUA não são mais as mesmas depois que a Covid-19 ressuscitou a migração interna no país.

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O número de pessoas que se mudaram para Vermont, Idaho, Oregon e Carolina do Sul é bem maior do que o número de pessoas que deixaram esses estados durante a pandemia, de acordo com dados fornecidos à Bloomberg News pela United Van Lines.

O inverso é observado em Nova York e Nova Jersey, que entre março e julho perderam moradores para Flórida, Texas e outros estados ensolarados.

Sinais apontam para uma mudança acentuada na migração interna nos EUA. As realocações atingiram o menor nível histórico em 2019, segundo o monitoramento da Instituição Brookings.

“Temos visto maior mobilidade nos estados, impulsionada pelo medo de viver em áreas densamente povoadas, por uma percepção de que o ‘velho normal’ de se deslocar para o escritório ainda é uma possibilidade distante e por se darem conta de que o trabalho remoto pode ser uma opção eficaz e de longo prazo”, disse Gregory Daco, economista-chefe da Oxford Economics para os EUA.

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Os locais preferidos são concorrentes de cidades que parecem lotadas durante a emergência de saúde pública. Pouco menos da metade das realocações de pessoas que viviam em Nova York foi para cidades na Flórida, Texas, Califórnia e Carolina do Norte, segundo dados da United Van Lines.

O número de mudanças feitas por conta própria “aumentou consideravelmente e consistentemente durante os meses de verão”, segundo a U-Haul International, que aluga caminhões e vans.

Cerca de um quarto dos 2.000 corretores imobiliários sondados no final de junho contou que alguns interessados em comprar residências alteraram a localização pretendida por causa da Covid-19.

Os que se decidiram por um novo local passaram a olhar cidades menores ou nos arredores de grandes cidades e há menos gente procurando imóvel nas cidades centrais, de acordo com os corretores.

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Muitas empresas estão se organizando para que os funcionários trabalhem de casa e façam reuniões de qualquer lugar por meio de aplicativos como o Zoom. Porém, William Frey, um veterano da Instituição Brookings e demógrafo com quatro décadas de experiência, acredita que cidades como Nova York voltarão a ganhar popularidade com o tempo.

“Essas mudanças populacionais recentes, se reais, terão curta duração e serão diferentes quando a pandemia diminuir”, disse ele. “Jovens adultos da geração Z podem achar as cidades atraentes” de novo, assim como as metrópoles atraíram os Millennials após a recessão de 2007-2009.

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bloomberg@moneytimes.com.br