Milho fecha em alta em Chicago com exportações dos EUA; cacau avança a US$ 6.288
Os contratos futuros do milho e do trigo dos EUA se firmaram nesta quinta-feira (11), apoiados pelas vendas rápidas de exportação e por um dólar mais fraco, o que tende a tornar os grãos norte-americanos mais competitivos globalmente, segundo analistas.
Os futuros da soja mantiveram ganhos modestos no final do pregão.
O milho fechou em alta de 2,25 centavos, a US$ 4,465 por bushel, mantendo-se dentro da faixa de negociação do dia anterior.
“Um dólar em queda está beneficiando ainda mais uma campanha de exportação de milho dos EUA aquecida em 2025/26”, escreveu Matt Zeller, analista da StoneX, em uma nota aos clientes.
O trigo subiu 4 centavos, a US$5,335 o bushel, apoiado também por compras de barganha.
A soja subiu 2,25 centavos, a US$10,935 o bushel.
O milho recebeu um impulso depois que o Departamento de Agricultura dos EUA informou que as vendas líquidas de exportação de milho na semana encerrada em 13 de novembro foram de 2,38 milhões de toneladas métricas, superando uma faixa de estimativas comerciais de 800.000 a 2,0 milhões de toneladas.
Cacau
Os contratos futuros de cacau em Nova York fecharam em alta de 1,1% nesta quinta, depois de atingirem o pico de cinco semanas no início da sessão, na qual registraram ganhos principalmente devido a compras especulativas, em parte ligadas à sua inclusão no Bloomberg Commodity Index (BCOM) para 2026.
O cacau foi retirado do BCOM em 2005 e seu retorno deve levar a um grande volume de compras.
“O cacau da ICE (Nova York) deverá encontrar a compra mais significativa do reequilíbrio do índice, de longe, com mais de 27.000 contratos, ou 22% dos contratos em aberto agregados, até o momento”, disse o J.P. Morgan em uma prévia do reequilíbrio do BCOM.
A possibilidade de uma desaceleração nas chegadas aos portos da Costa do Marfim durante o primeiro trimestre de 2026 também poderia sustentar os preços, embora a alta continuasse a ser restringida pela fraca demanda.
O cacau em Londres fechou em alta de 0,1%, a 4.497 libras por tonelada, depois de estabelecer uma máxima de cinco semanas de 4.625 libras.
Café
O café robusta caiu US$31, ou 0,7%, para fechar em US$4.107 por tonelada, após uma alta anterior, mas permaneceu acima da mínima de dois meses e meio de US$4.046 registrada na quarta-feira.
Os comerciantes disseram que a colheita no Vietnã, maior produtor de robusta, estava se recuperando lentamente após atrasos causados por tempestades e inundações.
“Novos grãos começaram a chegar ao mercado, mas não muitos”, disse um negociante baseado no cinturão cafeeiro do Vietnã, acrescentando que a qualidade dos grãos não era ruim.
O café arábica fechou em alta de 1%, a US$3,762 por libra-peso.
Açúcar
O açúcar bruto fechou em baixa de 0,06 centavo, a 14,85 centavos de dólar por libra-peso.
Os comerciantes disseram que o mercado foi sustentado por relatos de que os agricultores tailandeses podem reduzir o plantio de cana e mudar para a mandioca em resposta aos preços baixos.
O açúcar branco fechou em queda de 0,4%, a US$424,20 por tonelada.