Grãos

Milho: mercado sai operando câmbio na rabeira do leilão do pré-sal

08 nov 2019, 16:55 - atualizado em 08 nov 2019, 16:55
Apesar de alguns fundamentos indicarem tendência de alta, o mercado do milho chegou em um ponto de inflexão (Imagem: REUTERS/Joshua Lott)

Os efeitos colaterais do quase fracasso total do leilão de cessão onerosa respingaram em várias commodities, com os agentes basicamente “operando o câmbio”. A alta do dólar, rompendo acima dos R$ 4,10, animou o milho, que vinha de recuos suaves quando a divisa americana zanzava abaixo do R$ 4,00.

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Na análise de Roberto Carlos Rafael, CEO da Germinar Corretora, com os grandes compradores internos bem abastecidos, ao contrário de outros anos nesta mesma época, e apesar de exportações firmes brasileiras e argentinas, o mercado mostrava inflexão para altas. “Desde quarta os produtores saíram para o mercado”, diz.

E também em cenário de pouco cereal disponível.

Para o analista da corretora de Mogi Mirim (SP), os vendedores estão tentando se aproveitar do fator cambial e fechar posições. Mas a depender do andamento da relação cambial e de certo viés de alta reforçado nesta sexta (8) em Chicago (CBOT), Rafael acredita que o fôlego é curto para a renovação de máximas.

O USDA trouxe números menores da safra dos Estados Unidos, mas nem tanto assim, avalia o corretor. “Dos estoques de passagem, foram cortadas só 500 mil toneladas, das 49 milhões/t do último levantamento”.

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Neste último dia útil da semana, a CBOT registrou altas de 1,25 a 1,75 ponto, com o dezembro a US$ 3,76 e o março a US$ 3,85 o bushel.

Elevação moderada, o que está em linha com a visão de Roberto Carlos Rafael de que o teto de expansão do milho está chegando.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.