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Milho recua nesta segunda (15) com novos dados do USDA e café salta quase 6% com preocupações no radar

15 set 2025, 11:26 - atualizado em 15 set 2025, 11:26
café milho
(iStocl.com/Saulo Angelo)

Os preços do contrato do milho com vencimento para dezembro na Bolsa de Chicago (CBOT) recuava 0,58%, aos US$ 4,27 por bushel por volta de 10h55 desta segunda-feira (15).

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A queda acontece após relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) da última sexta-feira que aponta que os norte-americano vão colher o maior número de acres de milho desde 1933 e produzirão mais do grão do que o esperado anteriormente.

O aumento da estimativa acompanha um dado anterior de agosto, que já apontava um aumento na área cultivada.

Com isso, o USDA elevou sua estimativa de produção de milho dos EUA em 2025 para um recorde de 16,814 bilhões de bushels, em comparação com os 16,742 bilhões do mês anterior. Apesar desse aumento, na sexta, quando foram divulgados os números, o milho subiu 10,25 centavos, a US$ 4,30 por bushel.

E o café?

No mesmo horário, os preços do café com vencimento em dezembro na Intercontinental Exchange (NY) subia 5,58%, aos US$ 4,19.

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De acordo com Gil Barabach, analista da commodity na Safras & Mercado, avança é sustentado pelas preocupações sobre abastecimento. De um lado, há uma demanda agressiva dos EUA vindo de outros países fora o Brasil, quedas dos estoques certificados na Bolsa e fundos elevando sua carteira comprada.

“Isso tudo mexeu com os preços. Do outro lado, também temos o mercado assimilando o corte de produção do arábica no Brasil, maior que o esperado, e que gera preocupações sobre abastecimento no curto prazo. Tudo isso está no radar e serve de suporte para os preços. Fora isso, o dólar fraco e a ‘Super Quarta’, que deve confirmar um corte de juros, o que aumenta mais a diferença e pode jogar contra o dólar e a favor do real. Temos também a demora das chuvas aqui no Brasil e exportações mais fracas no país”.

Temos visto uma falta de chuvas nas principais regiões produtoras de café do Brasil, antes do período crítico de floração dos cafeeiros, entre os meses de setembro e novembro. Segundo especialistas, o clima seco já trouxe prejuízos para o potencial da safra 2026 do país e a expectativa é de que os acumulados cheguem apenas no final de setembro e começo de outubro.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.