Agronegócio

Minasul exerce opções e sai com lucro do rally de clima no café no início da semana

12 jul 2019, 9:30 - atualizado em 12 jul 2019, 9:34
Hedge em câmbio e volume físico é prática comum no café, como na Minasul, presidida por José Marcos Magalhães

No rally de clima da segunda (8), quando a ICE Futures (Nova York) devolveu mais de 420 pontos no café por ter visto que as geadas não foram muito generalizadas durante o final de semana, a cooperativa Minasul exerceu sua Put e embolsou um prêmio várias vezes maior que o custo da compra na casa dos R$ 50 mil.

O presidente José Marcos Magalhães prefere não revelar o valor ganho, mas indica que o jogo jogado de trava no mercado futuro e o seguro em opções é bem presente na segunda maior cooperativa brasileira de café, sempre sob mandato dos cooperados.

Como sempre se faz, o hedge é tanto em volume físico quanto em câmbio.

Agora, com o novo sistema previdenciário do Brasil quase saindo da Câmara – e do Senado provavelmente na volta do recesso parlamentar – e a expectativa para o dólar caindo, as atenções para 2020 na sede em Varginha são para os ajustes dia a dia das posições.

“Estamos trabalhando com um câmbio a R$ 3,40”, diz Magalhães. No curto prazo, ao longo deste semestre, a desvalorização pode ficar abaixo dos R$ 3,70, segundo vários analistas.

Em volume físico, onde o peso da precificação futura é mais determinante, a Minasul igualmente opera os ajustes nos contratos, como todo o setor, avalia o executivo.

Diante da safra brasileira 19/20, que deve ficar meio longe das 60/62 milhões estimadas inicialmente pelo mercado (o próximo ciclo obedece a bianualidade da cafeicultura, portanto será maior que a atual, prevista em no máximo 45 milhões/s), além da qualidade do grão caindo, os exportadores poderão ter deságio na entrega para o próximo ano.

Essas condições de uma safra nova mais prejudicada já estavam presentes e ficaram mais acentuadas com as últimas geadas, que, mesmo mais restritas às áreas baixas e de intensidade também variável, ajudaram os produtores a tirarem o pé das expectativas.

A cooperativa estima uma faturamento de R$ 1,3 bilhão em 2018 e das 300 mil sacas que estavam previstas de exportação já há um acréscimo de 70 mil.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar